O que veio primeiro: planta ou semente? Ciência tem a resposta

As sementes surgiram há mais de 350 milhões de anos, marcando um avanço significativo na evolução das plantas.

O que veio primeiro: planta ou semente? Essa pergunta remete ao clássico dilema: o ovo ou a galinha?

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Similarmente, as sementes representam um mecanismo de propagação das plantas que evoluiu ao longo do tempo. 

Isso significa que as sementes não apareceram subitamente, mas são o resultado de uma longa cadeia evolutiva de milhões de anos. Continue lendo e entenda abaixo.

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Planta ou semente: o que veio primeiro?

As plantas são uma parte fundamental da vida na Terra, fornecendo oxigênio, alimento e abrigo para inúmeras espécies. Mas como e quando elas surgiram? 

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Estudos apontam que as primeiras plantas apareceram em nosso planeta há cerca de 500 milhões de anos, durante o período Cambriano. 

Porém, essas espécies primitivas não se reproduziam por meio de sementes, mas sim por meio de esporos, que são estruturas reprodutivas mais simples.

Os esporos são formados por uma célula isolada, em contraste com as sementes que abrigam um embrião fertilizado multicelular, o qual é resguardado da desidratação por uma cobertura resistente. 

Esses atributos evoluíram ao longo de mais de 150 milhões de anos, período que testemunhou o surgimento das primeiras plantas portadoras de sementes. Portanto, a semente é uma dessas inovações evolutivas. 

Ela contém o embrião da planta e os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento inicial, além de um revestimento protetor que permite a sua sobrevivência em condições adversas até encontrar um ambiente propício para germinar.

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Desse modo, é razoável concluir que as plantas vieram primeiro e, com o tempo, desenvolveram a capacidade de produzir sementes como parte de seu ciclo de vida. 

Esse avanço permitiu que elas se espalhassem e colonizassem novos ambientes, dando origem à diversidade que vemos hoje.

Quais foram as primeiras plantas da Terra? 

Cientistas, liderados pelo Dr. Pierre-Marc Delaux, descobriram como as primeiras algas sobreviveram em terra e deram origem às plantas. 

Antes, acreditava-se que as algas só conseguiam nutrientes através de uma parceria com fungos após chegarem em terra. 

Mas fósseis antigos sugerem que esses fungos já existiam onde as primeiras plantas cresceram. A equipe descobriu que as algas, ainda no oceano, tinham genes para interagir com os fungos. 

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Essa habilidade foi fundamental para as algas se adaptarem e evoluírem em terra, iniciando a vida terrestre como a conhecemos. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

E como surgiram as sementes?

Há 350 milhões de anos, as samambaias evoluíram de musgos e algas. Seus esporos se transformaram nas primeiras sementes, com nutrientes e proteção para sobreviver em ambientes secos e até no mar.  

Diante disso, acredita-se que as coníferas (pinheiros, abetos, sequoias, cedros, ciprestes, araucárias, etc.) foram as primeiras plantas com sementes, iniciando uma nova era para a vegetação.

As sementes trouxeram uma vantagem evolutiva significativa: sua cobertura resistente permitia a sobrevivência em ambientes áridos e hostis, onde os esporos não conseguiriam persistir.

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Tomemos como exemplo o mar, um ambiente extremamente desafiador para as plantas. Contudo, as sementes podem ser transportadas pelas águas oceânicas até alcançarem ilhas distantes, onde podem germinar. 

Charles Darwin observou esse fenômeno enquanto redigia “A Origem das Espécies” e realizava experimentos em sua residência em Kent, na Inglaterra, investigando quanto tempo uma semente poderia resistir submersa em água salgada.

Essa resistência, inclusive, já foi provada em um estudo realizado por cientistas israelenses que conseguiram cultivar seis tamareiras a partir de sementes de 2.000 anos.  

Elas sobreviveram milênios, possivelmente devido ao clima único do Mar Morto. Em 2008, uma semente de 1.900 anos germinou, surpreendendo os pesquisadores. Eles plantaram mais 34 sementes, das quais seis brotaram. 

A pesquisa sugere que a diversidade genética das sementes antigas pode beneficiar a agricultura atual, protegendo contra mudanças climáticas e pragas. 

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