Afinal, qual é a profundidade máxima do oceano?

Se a montanha mais alta da Terra fosse colocada dentro do oceano, ainda teríamos mais de um quilômetro e meio até chegar ao ponto mais profundo.

Os oceanos cobrem cerca de 70% da superfície da Terra e abrigam uma enorme diversidade de vida. Apesar disso, conforme dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), apenas 20% do fundo do mar foi mapeado pela ciência.

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A limitação em nossa compreensão dos oceanos se deve, em grande parte, às profundezas abissais encontradas em várias partes desses corpos de água. Mas qual é o ponto mais profundo do oceano e o que há nele? Continue lendo e saiba a seguir.

A profundidade máxima de um oceano

Um dos lugares mais fascinantes do oceano é a Fossa das Marianas, uma fenda no oeste do Pacífico que tem mais de 2.540 quilômetros de comprimento e abriga o Challenger Deep.

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Esse é o ponto mais fundo da Terra, situado a mais de 11 mil metros abaixo da superfície. Para comparar, sua profundidade é três vezes maior que a do Titanic, que jaz no fundo do Atlântico Norte a cerca de 3.800 metros.

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Na Oceanografia, as camadas do oceano são classificadas de acordo com sua profundidade. O Challenger Deep faz parte da zona hadal, que recebe o nome de Hades, o deus grego do inferno.

A zona hadal é um dos ecossistemas mais inexplorados do planeta. Em profundidades onde não há luz solar, esse ambiente possui formações rochosas coloridas e pepinos-do-mar que habitam o leito marinho.

O que há no Challenger Deep?

O Challenger Deep foi visitado pela primeira vez em 1960, pelos exploradores Jacques Piccard e Don Walsh, a bordo do batiscafo Trieste.

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Eles desceram até 10.916 metros e permaneceram no fundo por cerca de 20 minutos, observando a escuridão e a pressão extremas.

Contudo, não viram nenhum sinal de vida, mas relataram ter ouvido um som alto, que poderia ser de um animal grande ou de um deslizamento de terra.

Em 2012, o cineasta James Cameron, diretor do filme Titanic, repetiu a façanha, desta vez sozinho, em um submarino chamado Deepsea Challenger.

Ele desceu até 10.908 metros e ficou no fundo por cerca de três horas, filmando e coletando amostras que seriam documentadas em uma pesquisa.

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Cameron viu algumas formas de vida, como peixes, camarões, vermes e anêmonas, mas nada muito grande ou colorido, bem como encontrou uma fina camada de sedimentos, que poderia conter restos de organismos mortos.

Em 2019, o investidor e aventureiro Victor Vescovo estabeleceu um novo recorde, ao descer até 10.928 metros, em um submarino chamado Limiting Factor.

Vescovo ficou no fundo por cerca de quatro horas, explorando diferentes partes do Challenger Deep. Ele viu algumas criaturas semelhantes às observadas por Cameron.

Infelizmente, ele também encontrou um saco plástico e embalagens de produtos, evidenciando a poluição humana até nas regiões mais remotas do oceano.

Os pontos mais profundos de cada oceano

Além do Challenger Deep, no Pacífico, existem outros pontos extremamente profundos nos oceanos da Terra. Veja a seguir quais são eles:

  • Oceano Índico: A fossa de Java é a maior fossa oceânica do oceano Índico, que tem 7.187 metros de profundidade e fica ao sul da Indonésia;
  • Oceano Antártico: A Profundeza Fatorial, no extremo sul da Fossa Sandwich do Sul, é o ponto mais profundo com 7.432 m;
  • Oceano Ártico: No Ártico o ponto mais profundo é o Abismo Molloy com 5.551 m;
  • Oceano Atlântico: O local mais profundo do Atlântico fica na fossa de Porto Rico, num local chamado Brownson Abyss, a 8.378 m;
  • Oceano Pacífico: o Challenger Deep (10.984 m) na Fossa das Marianas é o local mais profundo do Pacífico, superando o Horizon Deep (10.816 m), localizado na Fossa de Tonga.

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