O que significa SIC – e como usá-lo corretamente no seu texto

Você já se deparou com a palavra SIC entre colchetes em algum texto que você leu? Veja o que significa e quando a usar.

O uso do SIC, normalmente escrito [sic], é comum em textos acadêmicos, especialmente em citações diretas. Mas você sabe o que isso significa?

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SIC é uma palavra latina que aparece dentro de colchetes para indicar que é uma intervenção do autor do texto. Continue lendo e saiba quando empregá-la.

O que é SIC?

SIC é uma abreviação do latim “sic erat scriptum“, que significa “assim estava escrito”, “assim mesmo” ou “exatamente assim”.

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Ela é usada para indicar que alguma palavra ou expressão que aparece no texto original foi mantida exatamente como estava, mesmo que contenha algum erro ortográfico, gramatical, de concordância, de digitação ou de sentido.

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O objetivo é mostrar que o erro não foi cometido pelo autor que está citando ou transcrevendo, mas sim pelo autor original.

Por exemplo, imagine que você queira citar uma frase de um livro que diz o seguinte:

  • “Ele foi um dos maiores escritores da lingua portuguesa”.

Note que há um erro de acentuação na palavra “língua”. Se você quiser reproduzir essa frase exatamente como está no livro, você deve usar o SIC entre colchetes logo após a palavra errada, assim:

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“Ele foi um dos maiores escritores da lingua [sic] portuguesa.”

Dessa forma, você deixa claro que o erro não foi seu, mas sim do autor do livro. Isso evita que você seja acusado de plágio, de falta de revisão ou de desconhecimento das regras de ortografia e gramática.

Quando e como usar o [sic]?

Devido à falta de compreensão do significado da palavra, muitas pessoas aplicam o [sic] (como é geralmente utilizado no meio acadêmico) de maneira equivocada.

Desse modo, é comum encontrar textos que incluem essa expressão imediatamente após todas as citações, como se fosse um “amém” após uma oração.

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Essa prática está equivocada. Ao citar um texto, o autor já presume que o conteúdo citado é idêntico ao original. Caso contrário, não seria uma citação, mas uma interpretação livre.

Portanto, não há razão para utilizar o termo, a menos que haja um erro óbvio que precise ser destacado como um erro do original, e não da transcrição.

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a expressão deve ser colocada entre colchetes imediatamente após o erro apontado. Outras formas de uso não estão de acordo com as normas da pesquisa científica.

E o [sic] passim?

Além disso, é comum encontrar o uso do chamado “[sic] passim“. Isso indica que o erro será repetido várias vezes na citação.

Para esclarecer, se, em um trecho citado, a mesma palavra estiver faltando uma letra em várias ocasiões, o primeiro erro seria seguido por “[sic] passim“, sem a necessidade de repetir a indicação nos erros subsequentes.

Usar [sic] ou não?

Há também uma questão ética envolvida no uso do termo. Alguns estudiosos de metodologia argumentam que usar [sic] em uma citação pode ser desrespeitoso com o autor citado.

Por outro lado, aqueles que defendem sua utilização afirmam que é uma forma de mostrar respeito pelo texto original, indicando apenas que o erro não está na transcrição da citação, mas no original.

Em geral, é recomendável utilizar [sic] sempre que necessário, como forma de evitar confusões sobre a origem do erro ou da fonte, especialmente em textos acadêmicos.

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