Hoje em dia, a rotina acelerada e as constantes interrupções digitais, como cliques e notificações, roubam nosso silêncio e diminuem nossa capacidade de atenção, afetando a criatividade e a resiliência.
Embora um cérebro ativo e uma agenda cheia não sejam negativos, períodos ocasionais de pausa são essenciais para o reequilíbrio.
Nesse sentido, existem algumas técnicas que você pode adotar para “limpar a mente” e criar um espaço para desacelerar. Confira as principais abaixo.
5 formas de “limpar” e acalmar a sua mente
1. Busque o contato com a natureza
Você já ouviu falar do “banho de floresta”? Originária do Japão e denominada “shinrin-yoku”, essa prática consiste em passar tempo em meio à floresta, absorvendo seus benefícios.
Pesquisas sugerem que dedicar 1,5 horas ao banho de floresta pode dissipar pensamentos negativos, evocando uma sensação de sabedoria e paz.
Portanto, dedicar um período à natureza é um método eficiente para criar um espaço de limpeza mental e reconexão consigo mesmo.
Esteja você à beira-mar, em meio a um bosque ou até em um parque da cidade, o contato com o ambiente natural ajuda a combater o estresse e a ansiedade, bem como promove a autoconsciência e o crescimento pessoal.
2. Arrume a bagunça ao seu redor
Pode parecer mentira, mas é possível encontrar satisfação na limpeza. Na verdade, a organização do espaço é um respiro bem-vindo que não requer um trabalho mental intenso.
Assim, enquanto você se dedica a tarefas simples que não demandam muito esforço, sua mente pode vagar livremente.
O progresso se torna visível à medida que o ambiente se organiza, trazendo uma sensação de realização.
Com efeito, o maior benefício desta prática é a clareza mental que a limpeza proporciona. Se o ambiente ao seu redor está em desordem, sua mente tende a espelhar essa confusão.
A ciência apoia essa observação: estudos apontam que a desordem pode sobrecarregar o córtex visual com elementos que distraem da tarefa em mãos, dificultando o foco.
Assim, ao ordenar o ambiente físico, também é possível alcançar uma maior organização mental, dissipando o caos em ambos os domínios.
3. Medite
Meditar vai além da clássica imagem de sentar em posição de lótus com as pernas cruzadas. Trata-se de uma prática que visa manter o foco em si mesmo.
Sob essa perspectiva, até mesmo um simples exercício de respiração pode ser visto como uma forma de meditação.
Há uma diversidade de métodos e estilos disponíveis, incluindo mindfulness, meditação guiada, em silêncio, etc.
A meditação permite o gerenciamento dos pensamentos, oferecendo à mente um ponto específico de foco.
O cérebro humano é incansável na produção de pensamentos, e para canalizar essa energia em direção aos objetivos pessoais, é fundamental aprender a gerir essa atividade mental.
Estudos comprovam que este exercício funciona como um treinamento mental que, gradualmente, amplia a habilidade de selecionar conscientemente os pensamentos que se quer cultivar.
Inclusive, apenas 15 minutos de meditação diminuem o estresse e deixam você em um estado mais relaxado.
4. Desenhe e pinte
Apesar de parecer algo irrelevante, a popularidade dos livros de colorir para adultos pode ser justificada pela capacidade de concentrar a atenção em uma tarefa específica.
A pesquisa sobre o ato de colorir é limitada, mas existem estudos que associam a prática do desenho à diminuição do estresse.
Passar alguns minutos colorindo pode redirecionar os pensamentos para uma atividade, pensamento ou emoção que substitua a carga negativa da mente.
5. Converse com alguém
Embora seja importante obter quietude e tranquilidade por meio de exercícios respiratórios e meditação, também é necessário socializar e expressar os seus sentimentos.
O isolamento social é identificado como um fator significativo que contribui para a redução da capacidade cognitiva coletiva.
Estudos revelam que a falta de interação humana pode afetar negativamente a memória, a concentração, a capacidade de tomar decisões e o processo de aprendizagem.
Em contrapartida, a proximidade e interação com outras pessoas tendem a melhorar essas funções cognitivas.
Portanto, encontrar formas apropriadas de interagir com os outros é fundamental para preservar a funcionalidade cerebral, conforme enfatizado pela ciência.