O novo teto de juros para o crédito consignado para segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou em vigor na última segunda-feira (6/5).
A taxa foi fixada em 1,68% ao mês para transações tradicionais com desconto em folha. Por sua vez, para operações feitas por cartão de crédito e cartão consignado de benefício, a taxa mensal passa para 2,49%.
Essa já é a sétima redução da taxa máxima cobrada para beneficiários do INSS desde janeiro de 2023, início do governo Lula. Para entender mais, confira a matéria completa abaixo.
Redução do teto de juros do consignado do INSS
A redução do teto de juros do consignado foi aprovada no dia 24 de abril, na última reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
O processo foi realizado em meio à redução da Selic, taxa básica de juros da economia, sob a gestão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
De acordo com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a redução de juros é essencial para diminuir o endividamento dos aposentados e pensionistas.
Lupi já defendia a metodologia adotada pelo Conselho e, na reunião, reafirmou seu compromisso com os 39 milhões de beneficiários da Previdência Social.
Consulta das taxas
Os beneficiários do INSS já podem consultar as novas taxas cobradas por cada instituição financeira no portal Meu INSS, sem necessidade de inserir login ou senha.
Para isso, basta rolar para a parte de baixo da tela e selecionar a opção “Taxas de empréstimo consignado”. Lá, será exibida uma aba com a relação de bancos e os respectivos juros de empréstimo consignado cobrados.
Nesse sentido, os interessados podem conferir tanto as taxas para as modalidades de cartão de crédito consignado (RMC) como para utilização do cartão consignado de benefício (RCC). Contudo, elas só aparecem se a instituição realmente oferecer esse tipo de crédito.
Como funciona o empréstimo consignado?
O consignado é uma solução de crédito destinada aos aposentados e pensionistas do INSS. Ao optar por essa modalidade, as prestações serão descontadas diretamente do benefício mensal do segurado.
Com esses valores, os segurados podem realizar reformas, projetos pessoais, viagens e até mesmo resolver imprevistos variados. O dinheiro serve para qualquer necessidade que o pagamento do benefício não possa cobrir.
De acordo com as regras atuais, um cidadão pode comprometer até 45% do seu benefício com o empréstimo. Dessa quantia, 35% irão para o empréstimo pessoal, 5% para o cartão de crédito e 5% para o cartão de benefício.
Feita a contratação, o consignado poderá ser pago em até 84 meses (sete anos), com juros limitados. Isso significa que um banco pode cobrar menos, mas nunca mais do que essa taxa, atualmente fixada em 1,68%.
Antes de aderir a essa modalidade, no entanto, é importante que os beneficiários tomem alguns cuidados. Afinal, é fundamental entender o que será necessário cumprir para receber esse dinheiro.
Para começar, o ideal é se questionar sobre a quantia mensal necessária, o que pode ser feito a partir de uma avaliação da situação financeira atual.
Além disso, é preciso entender qual será o custo efetivo total da dívida, ou seja, a soma inicial do consignado com possíveis taxas e juros aplicados. Muitas vezes, reduzir os gastos já pode servir como uma opção viável para melhorar a situação financeira.