Afinal de contas, por que a Páscoa sempre muda de data?

A Semana Santa marca uma série de festividades religiosas para os cristãos, culminando na Páscoa. Mas por que essa data não é fixa no calendário? Leia e entenda!

A Páscoa é uma celebração profundamente enraizada em tradições religiosas, marcando um dos eventos mais significativos do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo.

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Originária da palavra hebraica “Pessach“, que significa “passagem”, a Páscoa simboliza a transição da morte para a vida, da escravidão para a liberdade.

No contexto cristão, ela representa que Cristo venceu a morte, cumprindo a sua promessa de vida eterna para aqueles que creem.

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Porém, um dos questionamentos mais comuns sobre essa data é: por que ela muda todos os anos? Continue lendo e descubra a seguir.

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Por que a data da Páscoa sempre muda?

A origem das datas da Semana Santa remonta a uma combinação de tradições e cálculos astronômicos.

Originalmente, a celebração da Páscoa estava ligada às festividades pagãs que saudavam a chegada da primavera, marcada pelo equinócio. Por isso, a data não é fixa no calendário.

Durante o Primeiro Concílio de Niceia, em 325 d.C., foram estabelecidas as primeiras normas para a celebração da Páscoa cristã.

Decidiu-se que a festividade deveria ser comemorada em um domingo, especificamente o primeiro após a primeira lua cheia subsequente ao equinócio da primavera, evitando assim a coincidência com a Páscoa judaica.

Isso fez com que a celebração sempre varie entre 22 de março e 25 de abril.

A mudança ocorre porque o calendário lunar que determina as fases da lua não coincide exatamente com o calendário solar que seguimos no dia a dia.

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Além disso, a Semana Santa foi estrategicamente posicionada para coincidir com a estação das flores, que antigamente era considerada o início do ano, substituindo as celebrações pagãs dedicadas a Ostara, a deusa celta da primavera e fertilidade.

Em Roma, a festa conhecida como “Floralia” era celebrada em honra a Flora, a deusa das flores e da natureza, simbolizando o renascimento e a renovação da vida.

Tradições da Páscoa

As celebrações de Páscoa são diversificadas e refletem as culturas únicas de cada país, embora compartilhem algumas origens comuns.

Na Finlândia, é tradição que as crianças se fantasiam como bruxas e percorram as casas, lançando encantamentos para promover a saúde e a prosperidade.

Na Polônia, é comum que as pessoas sejam surpreendidas com jatos de água nas ruas, e em algumas cidades, até mesmo competições aquáticas são organizadas como parte da celebração.

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No Reino Unido, os chapéus são um acessório festivo essencial durante a Páscoa. Essas peças são adornadas com ovos, flores e outros símbolos da primavera.

Além disso, desfiles de chapéus são realizados, sendo uma tradição também observada nos Estados Unidos.

Nos países eslavos, como Polônia, República Tcheca, Sérvia e Rússia, a refeição pascal frequentemente inclui cordeiro, simbolizando a ocasião.

No Brasil, a troca de ovos de chocolate é uma prática comum, representando renovação e prosperidade.

As comemorações religiosas são marcadas por missas e procissões, especialmente na Sexta-Feira Santa.

Além disso, é costume reunir a família para um banquete especial em honra à data.

A Páscoa é feriado nacional?

A legislação brasileira estabelece que apenas a Sexta-feira Santa é um feriado nacional, embora certos serviços essenciais continuem operando.

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O trabalho em feriados é geralmente proibido, exceto para atividades essenciais, e os trabalhadores que atuam nesses dias têm direito a remuneração dobrada ou compensação de folga, respeitando-se os acordos coletivos de cada categoria profissional.

Quanto ao domingo de Páscoa, ele não é considerado um feriado nacional. A decisão de declará-lo feriado ou ponto facultativo fica a cargo de cada estado e município.

Se não for estabelecido como feriado, as regras normais de trabalho aos domingos são aplicadas.

A compensação por trabalho nesse dia depende das disposições contratuais individuais, do setor de atuação do empregado e de acordos ou convenções coletivas.

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