Cultivar a felicidade na escola não é apenas benéfico para o bem-estar emocional dos alunos, mas também pode contribuir significativamente para o desempenho acadêmico e relações interpessoais.
Para isso, existem atitudes simples apoiadas pela ciência que têm o poder de criar ondas de positividade, beneficiando toda a comunidade escolar. Veja as principais a seguir.
7 maneiras de cultivar mais felicidade na escola
1. Aulas ao ar livre
A exposição a ambientes ao ar livre, particularmente áreas verdes, está correlacionada com benefícios para a saúde física e mental.
Estudos indicam que o contato com a natureza pode diminuir o estresse, a pressão arterial e a frequência cardíaca, bem como reduzir o risco de transtornos psiquiátricos.
A integração dessa prática no sistema educacional, não apenas durante a recreação e exercício físico, pode tornar o ambiente mais feliz e expandir a concepção tradicional de espaços de aprendizagem.
2. Meditação
A incorporação da meditação e da atenção plena nas escolas também pode melhorar o bem-estar dos alunos e professores.
A prática da atenção plena, comprovada cientificamente, oferece benefícios tangíveis, como a melhoria da concentração, a redução do estresse e o aumento da capacidade de lidar com as emoções.
Ao priorizar momentos diários de atenção plena, as escolas podem criar um espaço mais propício para o aprendizado e o desenvolvimento pessoal.
3. Micromomentos de interação
No contexto escolar, é fundamental que se promova uma cultura de acolhimento e conexão. Os alunos e professores devem ser incentivados a se cumprimentar ao se encontrarem pela primeira vez no dia.
Em reuniões escolares, em vez de mergulhar diretamente nas pautas, deve-se começar com um momento para que todos compartilhem algo positivo da semana.
Essa prática contribui para a construção de uma comunidade escolar unida e de apoio mútuo. Inclusive, estudos demonstram que o suporte social e a sensação de pertencer melhoram a saúde mental, além de reduzirem o estresse e a ansiedade.
Assim, é importante que se tome a iniciativa de criar momentos diários de interação autêntica na escola, visando elevar o ânimo de todos e assegurando que ninguém se sinta sozinho.
4. Gentileza
Na escola, atos de gentileza podem ser tão simples quanto segurar a porta para alguém, oferecer palavras de encorajamento ou contribuir para uma causa benéfica.
A ciência confirma que a generosidade traz benefícios tanto para quem pratica quanto para quem recebe.
Pesquisadores como James Fowler e Nicholas Christakis observaram que a felicidade individual é influenciada pela felicidade daqueles ao redor.
Eles também demonstram que atos de bondade ativam áreas do cérebro associadas ao prazer e à recompensa, aumentando os níveis de serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis por sentimentos de satisfação e bem-estar.
5. Gratidão
Uma pesquisa de 2003 revelou que indivíduos que registravam gratidão em diários relatavam maior satisfação com a vida e uma redução nos sintomas depressivos.
Na escola, alunos e professores podem ser encorajados a expressar gratidão como parte de suas rotinas diárias.
Isso pode ser feito através de um momento no final do dia para refletir e anotar os aspectos pelos quais são gratos.
6. Escrita expressiva
Na escola, a prática da escrita expressiva pode ser incorporada como uma atividade regular, incentivando os alunos a refletir e documentar suas experiências positivas.
O ato de escrever permite que a pessoa reviva a experiência positiva, reforçando as emoções agradáveis associadas a ela.
Um estudo da Universidade do Texas, conduzido por Richard Slatcher e James Pennebaker, demonstrou que quando um indivíduo passa 20 minutos escrevendo sobre seus sentimentos, isso pode levar a uma maior intimidade e comunicação entre o casal, aumentando assim a probabilidade de um relacionamento duradouro.
7. Leitura de livros físicos
A leitura de livros impressos é uma atividade cada vez mais valiosa em uma era dominada pelo uso constante de dispositivos móveis.
Estudos apontam que dedicar tempo à leitura pode ativar os neurônios-espelho, essenciais para o desenvolvimento de habilidades como empatia, compaixão e compreensão.
Além disso, uma pesquisa da Universidade Emory em 2013 revelou que a leitura de um romance pode aumentar a conectividade no córtex temporal esquerdo, a região do cérebro ligada à compreensão da linguagem, sugerindo que a leitura tem efeitos benéficos duradouros.
Assim, ao incentivar este hábito como uma atividade regular, as escolas podem ajudar os estudantes a se desconectar das distrações digitais, potencializando os benefícios a longo prazo para o cérebro e as habilidades interpessoais.