7 doenças que impossibilitam a emissão e renovação da CNH

Essas enfermidades são identificadas no processo do exame médico, tanto na emissão quanto na renovação da CNH.

As doenças que impossibilitam a emissão e renovação da CNH são consideradas perigosas quando se considera a direção de um veículo. Isso porque podem afetar os sentidos do condutor e causar inconsciência no volante. 

Neste contexto, podem afetar a visão, controle motor, atividade muscular, lentidão das reações e muito mais. Portanto, o motorista fica inapto a dirigir e não pode nem emitir e nem renovar a sua carteira de habilitação. Entenda mais a seguir.

Quai são as doenças que impossibilitam a emissão e renovação da CNH?

1. Doenças cardiovasculares

Leia também
  • Insuficiência cardíaca descompensada;
  • Arritmias graves não controladas;
  • Síndromes coronarianas agudas recentes.

2. Doenças Neurológicas

  • Epilepsia não controlada;
  • Transtornos de movimento graves;
  • Doenças neurodegenerativas em estágio avançado (como Alzheimer e Parkinson).

3. Doenças Psiquiátricas

  • Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos não controlados;
  • Transtornos de humor graves (depressão maior, bipolaridade não controlada);
  • Dependência química ativa (álcool e outras drogas).

4. Deficiências Visuais

  • Acuidade visual abaixo dos limites mínimos estabelecidos;
  • Campos visuais significativamente reduzidos;
  • Doenças oculares graves (como glaucoma não controlado).

5. Deficiências Auditivas

  • Surdez bilateral profunda, quando não compensada por próteses auditivas;
  • Surdez sensorioneural;
  • Surdez condutiva.

6. Doenças Respiratórias

  • Insuficiência respiratória grave;
  • Síndrome da apneia do sono grave não tratada.

7. Doenças Ortopédicas

  • Artrite reumatoide;
  • Osteoartrite;
  • Espondilite Anquilosante;
  • Distrofia muscular.

Onde essas enfermidades são identificadas?

No processo de emissão ou renovação da CNH, essas enfermidades são identificadas no exame médico. Muitas pessoas acreditam que esse procedimento é limitado à aferição da pressão e avaliação oftalmológica, mas não funciona assim. 

O exame médico para a emissão e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil é realizado para assegurar que o candidato ou condutor está em condições físicas e mentais adequadas para operar um veículo de forma segura.

Esse exame é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e conduzido por profissionais de saúde credenciados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANs). É composto por diferentes etapas:

1. Avaliação Inicial

  • Documentação: o candidato deve apresentar documentos pessoais, como identidade e CPF, além do comprovante de residência;
  • Histórico médico: o médico pode perguntar sobre o histórico médico do candidato, incluindo doenças pré-existentes, cirurgias, uso de medicações e histórico familiar de doenças relevantes.

2. Exame Clínico Geral

  • Sinais vitais: medição da pressão arterial, frequência cardíaca e outros sinais vitais;
  • Avaliação física: exame físico geral para verificar a condição de saúde do candidato, incluindo inspeção da pele, palpação de órgãos e exame de reflexos.

3. Exame Oftalmológico

  • Acuidade visual: teste de visão para verificar a capacidade de enxergar com clareza a diferentes distâncias, com e sem correção (óculos ou lentes de contato);
  • Campo Visual: avaliação do campo de visão periférica;
  • Percepção de cores: teste para detectar daltonismo ou outras deficiências na percepção de cores, importantes para a leitura de sinais de trânsito.

4. Exame Auditivo

  • Audição: teste de audição para assegurar que o candidato pode ouvir sons e sinais acústicos importantes para a condução segura, como buzinas e sirenes.

5. Avaliação Neurológica e Psiquiátrica

  • Coordenação e reflexos: testes para avaliar a coordenação motora e os reflexos;
  • Estado mental: avaliação do estado mental do candidato para detectar sinais de transtornos mentais que possam comprometer a capacidade de dirigir.

6. Exame Ortopédico

  • Mobilidade e Força: avaliação da mobilidade articular e força muscular, especialmente nos membros superiores e inferiores, para garantir que o candidato pode operar os controles do veículo adequadamente.

E os resultados?

Dependendo do histórico médico e das respostas do candidato durante a avaliação, o médico pode solicitar exames adicionais, como teste de glicemia, eletrocardiograma e exames laboratoriais.

Os resultados e encaminhamentos são divididos em quatro categorias:

  • Apto: quando o cidadão tem plena condição de conduzir;
  • Apto com restrições: quando o condutor precisa utilizar recursos específicos ou próteses, como óculos ou aparelhos auditivos;
  • Inapto temporário: quando o condutor está incapacitado devido condições passageiras que podem ser resolvidas com tratamento ou cirurgia;
  • Inapto definitivo: o condutor não pode dirigir de forma alguma.