Os seres humanos vivem em uma busca constante de um estado de espírito que pode ser adquirido das mais diversas formas: a felicidade. Uma luta antiga da humanidade, descobrir como ser feliz pode não ser a tarefa mais simples, mas alguns grandes ensinamentos do Buda provam o quão mais fácil o trabalho pode ser.
O Budismo é uma doutrina filosófica e espiritual. Os ensinamentos surgiram na Índia, ainda no século VI a.C., e estão fundamentados na busca pelo fim do sofrimento humano, podendo assim alcançar a iluminação.
Seus princípios, baseados na sabedoria de Sidarta Gautama, o famoso Buda, são variados. A própria palavra Buda significa “desperto” ou “iluminado”, o verdadeiro estado de espírito tão almejado.
Seja como for, os budistas não baseiam sua vida na adoração de um ou mais deuses, sequer possuem uma hierarquia religiosa rígida. O processo desta doutrina envolve a busca individual, e suas características são ideais para todos aqueles que desejam ter uma vida melhor.
Sobre o Budismo
No geral, o budismo segue uma série de ensinamentos que buscam auxiliar o ser humano a desapegar de tudo aquilo que lhe faz mal. Estes são defeitos pertencentes à humanidade, como a raiva, ciúme e a inveja. Assim, torna-se possível desenvolver as verdadeiras qualidades, como amor, generosidade e sabedoria.
O budismo não é uma religião, mas sim uma atitude. Seus seguidores aprendem a desistir de tudo que é passageiro, gerando grande autossuficiência espiritual. Além disso, de acordo com os estudos, existem Quatro Verdades:
- A vida é sofrimento;
- O sofrimento é fruto do desejo;
- O sofrimento acaba quando termina o desejo;
- Isso só pode ser alcançado ao seguir os ensinamentos de Buda.
5 grandes ensinamentos de Buda
1. Compreensão Correta
No budismo, a vida é um ciclo de sofrimento e insatisfação. É comum que o ser humano busque suprir tais questões por meio da realização de desejos supérfluos.
Com a visão correta, é possível entender melhor que nem sempre realizar um desejo vai tornar alguém mais feliz. Afinal, é possível fazer o contrário; entender a motivação por trás de algumas escolhas, algo que ajuda a superar vários obstáculos no caminho.
2. Pensamento correto
Para Buda, o pensamento é ação, e ele ajuda a criar uma realidade adequada. Afinal, pensamentos tristes ou coléricos criam tristeza e raiva, e por consequência, resultam em ações de acordo com os sentimentos.
Ao se sentir mal ou irritado sem que haja um motivo aparente, é preciso mudar este estado. Isso pode ser feito colocando uma música suave, lendo algumas palavras de um livro que goste, ou fazendo algo que ofereça tranquilidade.
3. Fala correta
Palavras com certeza têm poder. No budismo, isto é uma realidade. Assim, é essencial escolher apenas as melhores para serem proferidas. De acordo com Buda, as pessoas só devem falar palavras que tragam bons propósitos, tanto para o indivíduo quanto para aqueles ao seu redor.
Portanto, mentir, fazer fofocas, machucar os outros com palavras devem ser excluídas da vida de cada um, e evitar conversas inúteis é um exercício que deve ser trabalhado diariamente. Ao dizer palavras duras, peça sempre desculpas, e se esforce para ser gentil.
4. Ação correta
Assim como os pensamentos possuem grande influência na vida de muitos, as ações têm o mesmo poder. E são ações que ajudam a construir o que cada um é e que pode vir a ser.
Deste modo, é preciso prestar atenção nas atitudes, bem como na forma em que elas podem ajudar ou prejudicar os indivíduos e os outros. Antes de agir, é preciso pensar: esta ação faz de você alguém melhor ou pior?
5. Meio de vida correto
Um meio de vida correto implica em boa felicidade. Afinal, não é possível ser feliz tendo um meio de vida ilícito, por exemplo. Ter um trabalho digno que não vá causar o mal aos demais é um dos aspectos essenciais no caminho do budismo.
Outro exemplo é um trabalho que lhe deixe culpado por algum mal que cause ao outro, ou o medo de ser flagrado o fazendo. Estas tarefas não trazem felicidade, mesmo que tragam dinheiro.
Igualmente, gastar menos do que se ganha faz parte do meio de vida correto. Esta atitude permite que as pessoas possam ser generosas com as outras; uma vida equilibrada implica na plenitude e na felicidade.