O ser humano atinge o pico da tristeza e frustração com esta idade

De acordo com a pesquisa realizada pelo economista David Blanchflower, professor da Universidade Dartmouth College, nos Estados Unidos, existe uma idade em que o ser humano atinge o pico da tristeza e frustação.

Uma ampla pesquisa realizada pelo economista David Blanchflower, professor da Universidade Dartmouth College, nos Estados Unidos, mostra que existe uma idade em que o ser humano atinge o pico da tristeza e frustação. Para alcançar o resultado, foram entrevistados habitantes de 134 países.

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De acordo com o estudo, publicado em 2020 pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos, existe uma “curva de felicidade” na cultura da maior parte dos países. Sendo assim, as diferenças regionais e particularidades de cada nação não superam essa crise existencial que afeta os seres humanos. Saiba mais informações a seguir e descubra que idade é essa.

Qual é a idade em que o ser humano atinge o pico da tristeza e frustração?

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Segundo o estudo realizado por Blanchflower, os seres humanos são mais felizes durante a adolescência, mas alcançam o pico da tristeza e frustração até o final dos 40 anos de idade. Após essa etapa, o que acontece é que os indivíduos alcançam uma sensação de bem-estar e felicidade ao se aproximar da velhice.

Sendo assim, a pior parte e a etapa mais difícil é mesmo a chamada “crise dos 40 anos” ou “crise da meia-idade”, considerando um cálculo de expectativa de vida de 80 anos. Contudo, os maiores momentos de felicidade estão nos primeiros anos de vida e após os 50 anos de idade.

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Para chegar a esse resultado, foi analisado um extenso banco de dados composto por diversas pesquisas internacionais no campo do bem-estar. Nesse processo de estudos, foram utilizadas diferentes metodologias, de modo que o resultado médio da idade mais infeliz das pessoas nos países desenvolvidos ficou em 47,2 anos, enquanto nos países em desenvolvimento em 48,2 anos.

Para Blanchflower, responsável pela pesquisa, esse senso de infelicidade é algo que está enraizado profundamente nos genes dos seres humanos. Curiosamente, os primatas também têm uma curva de felicidade em forma de U, o que indica que é uma herança ancestral.

O estudo mostrou que aos 47 anos, as pessoas se tornam mais realistas e gradativamente se tornam mais gratas pelo que têm. Isso não significa que as condições objetivas de vida melhoram, mas a percepção de bem-estar dos indivíduos é alterada para uma perspectiva mais positiva.

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O que explica esse fenômeno?

A Psicologia possui diversas teorias para explicar esse fenômeno do pico da tristeza e frustração nos seres humanos. A principal delas defende que o envelhecimento faz com que as pessoas aprendam a se adaptar aos pontos fortes e fracos da própria personalidade.

Ao mesmo tempo, passam a gerenciar as ambições inviáveis e se tornam mais realistas, abrindo mão daquilo que não é possível de ser realizado. Por outro lado, os estudos apontam que as pessoas mais otimistas vivem mais, o que ajuda a traçar essa curva da felicidade m formato de U.

Um ponto em comum entre os estudos é o aspecto econômico na percepção geral do bem-estar. Para Blanchflower, até o fim dos 40 anos, a vulnerabilidade dos indivíduos é intensificada diante de contextos econômicos desfavoráveis ou adversos.

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Sobretudo, são atingidos pelo pico de tristeza e frustração todos os indivíduos que possuem menos escolaridade, estão desempregados, com famílias não estruturadas e sem rede de apoio. Ou seja, existe um fator socioeconômico que influencia a percepção que a pessoa tem sobre a realidade.

Por conta disso, os países desenvolvidos possuem uma idade média menor em relação aos países em desenvolvimento, considerando as diferenças nas condições e disponibilidade de recursos. Em todos os casos, entende-se que a metade da vida, quando ocorre a crise da meia-idade, é um período de maior vulnerabilidade para todos os seres humanos.

Como consequência, é mais difícil lidar com as adversidades no geral durante essa etapa. Em especial, os indivíduos não têm nem o conforto da adolescência ou do começo da vida adulta, nem a maturidade da velhice, o que dificulta a tomada de decisões.

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