A Agência espacial norte-americana regressa à Lua com maior, mais caro e mais poderoso foguete já construído pela indústria aeroespacial.
Após o lançamento bem-sucedido do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA, o foguete mais poderoso do mundo, a espaçonave Orion sem tripulação segue para a Lua como parte do programa Artemis I.
A decolagem para seu teste de voo ocorreu na última quarta-feira (16), às 3h47 (horário de Brasília) da plataforma de lançamento 39B no Kennedy Space Center, na Flórida. Depois de atingir sua órbita inicial, a Orion implantou seus painéis solares e os engenheiros começaram a realizar verificações nos sistemas da espaçonave.
Após 1,5 horas de voo, o motor do estágio superior do foguete disparou com sucesso por aproximadamente 18 minutos para dar ao Orion o grande impulso necessário para enviá-lo para fora da órbita da Terra e em direção à Lua.
A tentativa de lançamento, inicialmente agendada para 14 de novembro, foi cancelada devido à tempestade tropical Nicole se movendo em direção à costa leste da Flórida. Depois disso, Jim Free, um alto funcionário da agência espacial dos EUA, anunciou a nova data. A NASA já abortou duas tentativas anteriores de decolagem de sua missão Artemis 1, no final de agosto e setembro.
Os engenheiros da NASA garantem que este projeto marcará um antes e um depois na história aeroespacial. É o foguete mais caro, maior e mais poderoso já lançado no espaço. O foguete SLS tem 98 metros de altura, o que equivale a um prédio de mais de 30 andares, e pesa mais de 84 toneladas.
A espaçonave Orion também é maior do que a que foi para o satélite há 50 anos com a missão Apollo. Assim, no futuro, poderão viajar até quatro pessoas. É um marco porque não se pretende apenas regressar à Lua, mas o que querem explorar é a capacidade do satélite para que, no futuro, a Lua se torne uma espécie de estação de serviço permanente para as viagens que fazem para Marte.
Portanto, nesta primeira missão do Artemis 1, como é oficialmente conhecido, o foguete orbitará a Lua. Além disso, espera-se que a cápsula Orion viaje ainda mais longe do que na década de 1970, atingindo 64.000 quilômetros do outro lado do satélite natural da Terra.
Esta primeira viagem é um teste de voo sem tripulação e tem como objetivo analisar a situação no terreno e depois, dentro de dois ou três anos, poder enviar novamente seres humanos ao satélite.
Embora não haja seres humanos a bordo, dentro deste gigantesco foguete estão 55 quilos de itens usados pelos astronautas da Apollo 11 e três manequins, um deles em homenagem ao engenheiro mexicano Arturo Campos, que desempenhou um papel fundamental na época para resgatar os astronautas da fracassada missão Apollo 13.
Estima-se que não será até, pelo menos, em 2024, quando um ser humano retornar à Lua. E a história será feita novamente. Porque a primeira mulher e a primeira pessoa de uma minoria étnica serão enviadas. Por fim, para a agência espacial norte-americana, esse é um passo necessário para projetar a primeira viagem tripulada a Marte.
Pelo site “Artemis Real-time Orbit”, você pode acompanhar todas as etapas desta viagem em tempo real, sendo possível obter dados sobre a duração da missão, velocidade da nave, bem como distância da Terra e da Lua, em milhas.
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