Nomofobia é a nova palavra incorporada ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) pela Academia Brasileira de Letras (ABL). O termo reflete uma realidade contemporânea, onde a dependência tecnológica se tornou parte do cotidiano.
Nesse sentido, a inclusão de novos vocábulos no idioma surge da necessidade de nomear fenômenos modernos que impactam nossa vida.
Esses neologismos ou expressões ampliam nossa capacidade de comunicação e compreensão do mundo, denotando que a linguagem evolui como um espelho das transformações culturais e tecnológicas que vivemos.
O que significa “nomofobia”?
Nomofobia descreve o medo patológico de ficar sem acesso ao telefone celular ou a dispositivos eletrônicos similares, como tablets e computadores.
Essa condição reflete a dependência moderna em relação à tecnologia, especialmente no que diz respeito à conectividade com a internet, redes sociais, aplicativos e contatos.
A palavra é derivada do inglês nomophobia, uma combinação de no mobile (sem celular) e phobia (medo), e se tornou relevante devido ao uso intensivo desses dispositivos no cotidiano.
Exemplos de frases
- Especialistas alertam que a nomofobia está se tornando um problema de saúde mental cada vez mais comum;
- Durante a pandemia, os casos de nomofobia aumentaram devido ao isolamento social e ao maior uso da tecnologia;
- Quem sofre de nomofobia sente pânico ao pensar em ficar sem bateria no celular ou sem acesso à internet;
- A nomofobia é um transtorno que pode afetar a qualidade de vida;
- Para combater a nomofobia, é importante estabelecer limites no uso do celular e buscar atividades offline.
Outras palavras adicionadas ao VOLP
1. Apneísta
O termo apneísta refere-se a um atleta que pratica o mergulho em apneia, uma modalidade em que o mergulhador prende a respiração voluntariamente para permanecer submerso pelo maior tempo possível, atingir grandes profundidades ou percorrer distâncias.
O termo também pode ser usado como adjetivo para descrever atividades ou equipamentos relacionados ao mergulho em apneia. A palavra ganhou relevância com o crescimento do apneísmo como esporte e prática recreativa.
2. Criovulcão
Um criovulcão é um tipo de vulcão encontrado em corpos celestes gelados, como luas de planetas distantes, que emite substâncias como vapor de água, gelo, amoníaco e metano, em vez de lava.
Esses fenômenos geológicos ocorrem em ambientes extremamente frios e são estudados pela astrobiologia, pois podem indicar a presença de condições propícias à vida.
3. Handbike
A handbike é um veículo adaptado para pessoas com mobilidade reduzida, como paraplégicos e tetraplégicos, que funciona como uma bicicleta impulsionada pelas mãos, por meio de manivelas.
Pode ser usada para passeios, competições esportivas ou atividades de lazer, e alguns modelos incluem encostos para maior conforto.
4. Microplástico
Microplásticos são partículas de plástico que medem entre 0,001 mm e 5 mm. Eles podem ser primários, como os encontrados em cosméticos e produtos de higiene, ou secundários, resultantes da degradação de resíduos plásticos maiores, como sacolas e garrafas.
O termo ganhou destaque com a crescente conscientização sobre os impactos da poluição plástica, incentivando debates sobre sustentabilidade e redução do uso de plásticos.
5. Petricor
O petricor é o aroma característico que surge quando a chuva cai sobre o solo seco, especialmente em dias quentes.
Esse fenômeno ocorre devido à liberação de óleos vegetais e compostos químicos presentes no solo, que são ativados pelo impacto das gotas de chuva.
A palavra, derivada do grego pétra (pedra) e ikhôr (fluido dos deuses), foi cunhada na década de 1960 e descreve uma experiência sensorial comum, mas até então sem nome.