A gasolina ficará mais cara em todos os estados brasileiros a partir de fevereiro. O reajuste ocorrerá devido a uma alteração nos valores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre os combustíveis.
Segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a correção no ICMS é necessária para assegurar um sistema fiscal equilibrado, que esteja em conformidade com as variações do mercado, permitindo uma tributação mais justa.
Qual será o reajuste dos combustíveis em fevereiro?
De acordo com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), vinculado ao Ministério da Fazenda, a partir de 1º de fevereiro, a alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol será elevada em R$ 0,10 por litro, totalizando R$ 1,47.
Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, chegando a R$ 1,12. Isso representa um aumento de 7,1% e 5,3%, respectivamente. Além disso, o mercado continua pressionando para que a Petrobras ajuste seus preços nas refinarias.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem no preço da gasolina é de R$ 0,27, ou 9%, em relação aos preços internacionais. No caso do diesel, a defasagem é de R$ 0,49, ou 14%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, o preço da gasolina para o consumidor final aumentou 8,86%, enquanto o do diesel recuou 1,56%.
A Petrobras informou que monitora as movimentações do mercado, mas não divulga antecipadamente suas decisões por razões estratégicas.
Preços dos combustíveis em 2025 começaram em alta
Vale lembrar que, na primeira quinzena de janeiro, o preço médio da gasolina no Brasil subiu 0,16% em comparação com o mesmo período de dezembro. Em média, o litro foi vendido a R$ 6,30 nos postos do país.
Já o etanol teve um aumento de 0,47%, com o preço médio de R$ 4,28. Essas informações são do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), divulgado no último dia 20/1.
De acordo com o IPTL, entre as principais razões para a alta nos preços estão o aumento recente do dólar, que encarece a importação de combustíveis e insumos, além dos custos logísticos, que variam de acordo com as distâncias e a infraestrutura de cada localidade.
No recorte por região, em janeiro, a gasolina teve o preço médio mais alto no Norte do país, de R$ 6,81 por litro. O etanol também subiu, chegando a R$ 5 por litro, um aumento de 0,40%.
Na região Sudeste, os preços dos combustíveis foram os mais baixos, com a gasolina a R$ 6,16 por litro e o etanol a R$ 4,21. Apesar das altas de 0,16% para a gasolina e 0,72% para o etanol, esses valores ainda ficaram abaixo dos registrados em outras regiões.
Entre os estados, Alagoas apresentou a maior queda no preço médio da gasolina, de 0,61%, sendo vendida a R$ 6,53, enquanto o Distrito Federal teve a maior alta, de 2,30%, chegando a R$ 6,24.
No Amapá, o etanol mais caro foi registrado a R$ 5,39, e em São Paulo, o etanol mais barato custou R$ 4,07 após um aumento de 0,74%.