O Horário de Verão no Brasil era uma prática de adiantar os relógios em uma hora, especialmetne durante a época da primavera em diante. O principal objetivo? Economizar energia em regiões que, geralmente, recebem mais luminosidade durante esse período do ano no país.
Ou seja, aproveitar ao máximo a luz solar para que os cidadãos não precisem acender as lâmpadas após a chegada do trabalho, por exemplo. O Ministério de Minas e Energia, inclusive, visava reduzir a sobrecarga em linhas de transmissão, bem como sistemas de distribuição.
No entanto, desde 2019, a prática foi interrompida no país, com a justificativa de ineficiência devido às boas condições dos reservatórios de água, além das fontes renováveis. Não haveria a necessidade de reajustar os relógios, a considerar o contexto hidrelétrico do Brasil.
A equipe técnica do Governo Federal, por outro lado, estuda a possibilidade anualmente para entender se existe ou não a chance do retorno do Horário de Verão. E o tópico ganhou ainda mais contornos recentemente, com a seca intensa e a chegada dos meses mais quentes.
Mas, afinal de contas, é possível que o método, de fato, retorne ainda neste ano de 2024? Vamos analisar a possibilidade no decorrer da matéria para que você fique atualizado do assunto. Até porque a prática, se aprovada, modificará a rotina de horários de vários brasileiros.
Horário de Verão pode voltar a ser realidade?
A equipe técnica do Governo Federal voltou a estudar a possibilidade de reintroduzir a lógica do Horário de Verão no país. Isso porque, com a vinda do tempo seco e quente no país, o nível de escassez das hidrelétricas acendeu um sinal de alerta no consciente dos especialistas.
Até porque, consequentemente, a temperatura elevada e a baixa umidade reverbera efeitos na quantidade de chuva nas regiões brasileiras. Para se ter uma ideia, Belo Horizonte, em Minas Gerais, vive um momento crítico pela ausência de chuva há, pelo menos, 150 dias.
Apesar da previsão de chuvas isoladas em alguns estados do país, ainda é relevante analisar o impacto que o tempo seco está ocasionado nos sistemas de distribuição de energia. Por isso mesmo que especialistas voltaram a estudar a viabilidade do Horário de Verão.
Ainda nesta semana, é possível que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentem um novo estudo sobre a retomada da logística ao Governo Federal, cabendo ao presidente a decisão sobre a retomada.
O que será analisado?
Especialistas estão estudando os impactos da medida tanto no contexto das hidrelétricas quanto na rotina de horários dos brasileiros. Alguns técnicos defendem que não há a necessidade de retomar a logística de mudança no relógio, considerando o consumo de energia elétrica.
Mesmo em horários em que se usa somente a luz solar, os cidadãos ainda consomem altos níveis de eletricidade, a exemplo da utilização de ar-condicionado e ventiladores para amenizar os efeitos do tempo seco e quente.
Outros técnicos, no entanto, apontam que o Horário de Verão traria um ligeiro benefício durante o início das noites, que é quando a energia solar e eólica caem de maneira relativamente considerável. Nesse período, as pessoas ligam diversos aparelhos quando chegam em casa.
Caso o horário de ligar as lâmpadas seja adiantado para uma hora, haveria um aspecto positivo de maneira geral; mas, talvez, não tão significativo a ponto de justificar o retorno da medida. De qualquer maneira, os estudos técnicos já estão sendo feitos.
Eles devem ser apresentados em breve para o Governo Federal, que terá a última palavra sobre a decisão. Caso a medida realmente retorne, o Horário de Verão deverá ocorrer entre os meses de outubro e fevereiro, como geralmente acontecia em anos anteriores.