A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu e divulgou qual será a bandeira tarifária para o exercício do mês de setembro. Essa marcação de energia elétrica tem o objetivo de cobrar a população com base na disponibilidade de recursos hídricos. Veja se a conta de luz terá aumento.
É importante ter acesso a essas informações, para que os consumidores possam se organizar para pagar as tarifas com antecedência, conforme a variação estabelecida pela bandeira tarifária. Além disso, é importante entender esse sistema e o que cada cor significa para o seu orçamento familiar.
Conta de luz vai aumentar em setembro?
Os consumidores podem ficar tranquilos, pois a conta de luz não terá aumento em setembro. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), será mantida a bandeira verde no próximo mês para todos que estiverem conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Conforme os dados analisados pela área técnica da Agência, permanece a expectativa de que a tarifa sem custo adicional se manterá até o final deste ano, em razão das condições favoráveis no setor energético previstas para os próximos meses.
Quando a bandeira verde está vigente no país, é sinal de que houve melhora nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Isso, normalmente, se dá pelo alto volume de chuvas ao longo do ano. Desse modo, não é preciso utilizar termoelétricas, que são mais caras, para manter a distribuição de energia.
Conta de luz: como funciona a definição das bandeiras tarifárias?
A energia elétrica produzida no Brasil advém, em maior número, das hidrelétricas. Para a geração, as usinas precisam que seus reservatórios tenham uma certa quantidade de água e, quanto maior o volume, mais fácil a produção de eletricidade.
Em razão da fonte de energia principal vir das hidrelétricas, o país depende das chuvas para abastecer os reservatórios. Com isso, durante períodos de estiagem e seca, há a tendência de ter menos água e a produção diminuir.
Quando isso acontece, o governo federal utiliza termoelétricas para evitar o desabastecimento, encarecendo esse processo, que é repassado ao consumidor final na conta de luz.
Para evitar que as termoelétricas sejam utilizadas e que o racionamento seja o menor possível, foi implantado o sistema com bandeiras tarifárias, desde 2015, que vigora até hoje.
A melhor instância é a bandeira verde, representando uma situação dentro da normalidade, com reservatórios na capacidade ideal. Assim, não há cobrança de valores extras. A bandeira amarela demanda atenção no setor e possui cobrança de R$ 2,989 extra para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
Quando a seca é ainda pior, as bandeiras vermelhas entram em ação. Elas estão divididas entre patamares 1 e 2, em que a última possui maior custo, com R$ 9,795 a cada 100 quilowatts-hora.
Consulta pública vai discutir redução nas Bandeiras Tarifárias
Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a abertura de consulta pública para discutir a redução dos valores de referência das Bandeiras Tarifárias.
Essa possibilidade existe graças ao cenário favorável com grande oferta de energia renovável no país e aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional. A proposta prevê a redução para as bandeiras:
- Amarela, com diminuição de quase 37%;
- Vermelha patamar 1, com diminuição de 31%;
- Vermelha patamar 2, com diminuição de quase 20%.
Os interessados em auxiliar nessa discussão devem enviar contribuições até a data prevista de 6 de outubro de 2023 para o endereço de e-mail cp026_2023@aneel.gov.br.