Uma notícia que tem agitado a comunidade científica e despertado a imaginação de entusiastas da exploração espacial é a recente descoberta de um exoplaneta que pode ser habitável. A “Super Terra”, como foi chamada, orbita uma estrela semelhante ao nosso Sol e apresenta características que a tornam um alvo promissor na busca por vida extraterrestre.
O estudo, atualmente acessível no repositório de pré-impressão arXiv, obteve a aprovação para publicação na renomada revista científica Astronomy & Astrophysics. Esse achado nos aproxima um pouco mais de compreender se somos os únicos habitantes do cosmos, por isso saiba mais sobre ele a seguir.
Características da Super Terra
A descoberta foi possível graças ao Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), um sistema de monitoramento desenvolvido pela NASA. O TOI-733b, que recebeu essa designação, possui um raio que ultrapassa 1,21 vezes o do nosso planeta e uma massa significativamente maior, o que sugere uma composição rochosa e metálica.
O que mais impressiona os cientistas é a possibilidade de que a Super Terra possa ser habitável. A presença de água líquida é um fator crucial para a existência de vida, e os especialistas acreditam que essa condição possa existir no TOI-733b.
Segundo os astrônomos, a proximidade da órbita desse corpo celeste com sua estrela anfitriã e as características da atmosfera (formada por hélio e hidrogênio) podem criar condições propícias para que exista água em estado líquido. Todavia, sobreviver por lá não seria fácil. Sua superfície enfrenta temperaturas extremas, variando entre aproximadamente 200 e 400 graus Celsius.
Busca por exoplanetas
A descoberta do TOI-733b faz parte de um esforço contínuo na busca por exoplanetas. Desde que o primeiro planeta fora do nosso Sistema Solar foi achado, em 1990, mais de 5,3 mil deles foram detectados e confirmados, além de milhares de candidatos. Essa rica variedade de mundos distantes está levando os cientistas a estabelecer novos padrões de pesquisa e análise.
Atualmente, os dois principais meios utilizados para detectar exoplanetas são o método de trânsito, que envolve observar a diminuição temporária do brilho de uma estrela quando um planeta passa em frente a ela, e o método de velocidade radial, que identifica variações no movimento da estrela causadas pela presença de um exoplaneta.