A última semana de junho reserva uma surpresa para os habitantes de áreas do Norte da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e do Sul do Brasil. Uma massa de ar quente, incomum para esta época do ano, se espalhará por essas regiões, trazendo temperaturas acima da média para os últimos dias de junho.
Conforme a MetSul Meteorologia, haverá uma sequência de dias quentes, com temperaturas altas na maioria dos municípios gaúchos, proporcionando um clima anormal para estação que iniciou recentemente. Enquanto isso, o ar polar permanecerá retido no Sul do continente, e o ar quente e úmido dominará as condições climáticas.
Massa de ar quente trará dias abafados para o Sul do Brasil
Essa massa de ar quente, acompanhada de umidade, resultará em tardes abafadas durante a semana. É importante mencionar que haverá períodos intercalados de instabilidade, com chuvas alternando com momentos de sol.
Segundo os modelos numéricos, em algumas tardes, as máximas poderão chegar aos 27 °C e 29 °C em parte do estado. Essas marcas são consideravelmente altas para o inverno, considerando que as máximas médias históricas geralmente ficam em torno de 19 °C e 20 °C.
Na capital gaúcha, a sequência de tardes com máximas na casa dos 25 °C se estenderá até a metade da semana, com possibilidade de atingir 26 °C e 27 °C na terça-feira (27/06). Embora a nebulosidade possa impedir um aquecimento maior no domingo, o dia ainda será abafado.
Na região do Noroeste gaúcho, onde a atmosfera estará mais seca, espera-se que os próximos dias sejam ainda mais quentes, com temperaturas que se aproximam dos 30 °C em alguns pontos.
Além disso, a Argentina também sentirá os efeitos do calor, de forma ainda mais intensa do que o Rio Grande do Sul. Segundo os dados dos modelos divulgados pela MetSul, as anomalias de temperatura serão maiores no país vizinho, com algumas províncias podendo registrar mais de 30 °C no auge do inverno.
Clima também sofrerá influência do El Niño
Embora os dados dos modelos numéricos indiquem que entre os dias 28 e 29 uma frente fria cruzará o Rio Grande do Sul, trazendo queda de temperatura, não se espera um frio muito intenso, como o registrado tipicamente no início do inverno. Portanto, o resfriamento não será acentuado e logo as temperaturas voltarão a subir.
Também vale mencionar que o clima começará a sentir influência do El Niño, fenômeno que aquece as águas do Pacífico Equatorial, resultando em temperaturas acima da média.
Entretanto, isso não significa que não teremos dias frios, mas sim que teremos um maior número de dias amenos ou quentes durante a estação mais gelada do ano. A segunda metade do inverno, especificamente, tende a ser mais chuvosa e úmida.