Desenrola: veja quais bancos vão aderir ao programa de renegociação de dívidas

Segundo a Serasa Experian há cerca de 70 milhões de inadimplentes no país, e o programa Desenrola Brasil tem potencial para beneficiar aproximadamente 30 milhões de CPFs negativados.

O Ministério da Fazenda lançou o “Desenrola Brasil”, que visa a renegociação de dívidas e entrará em vigor a partir de julho. O programa abrangerá dívidas (contraídas até o ano passado) de famílias com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), no valor de até R$ 5 mil.

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As regras detalhadas do programa foram divulgadas por meio da Medida Provisória 1176/23, que depende da adesão das empresas credoras. O Tesouro Nacional fornecerá garantias a estas empresas em caso de inadimplência por parte dos devedores, o que incentiva a oferta de descontos aos cidadãos.

A lista completa das empresas e bancos participantes ainda não foi divulgada, entretanto, algumas das principais instituições financeiras do país, já aderiram à iniciativa.

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Quais bancos vão aderir ao Desenrola Brasil?

Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e PagBank são algumas das instituições financeiras que irão aderir ao Desenrola. Contudo, elas aguardam a regulamentação do programa por parte do governo para iniciar as negociações de dívidas, o que está previsto para ocorrer no próximo mês.

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Através da participação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições financeiras brasileiras estiveram envolvidas nas negociações do Desenrola Brasil em conjunto com o governo, contribuindo para a construção do programa.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou em comunicado que, quando o programa entrar em operação, os bancos estarão prontos para oferecer sua contribuição, visando a redução do número de consumidores com restrições financeiras e auxiliando milhões de cidadãos a reduzirem suas dívidas.

Como vai funcionar o programa?

Em suma, o programa é voltado para pessoas físicas e possui duas faixas de benefícios, sendo:

Faixa I

A Faixa I abrange indivíduos com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no CadÚnico. Nela, o Desenrola Brasil oferece recursos como garantia para a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil, com exceção de algumas categorias, como crédito rural, financiamento imobiliário e outras especificadas pelo Ministério da Fazenda.

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As opções de liquidação incluem pagamento à vista ou financiamento em até 60 meses, sem entrada, com taxa de juros de 1,99% ao mês e primeira parcela após 30 dias.

Além disso, a renegociação pode ser feita pelo celular, com opções de pagamento por Pix, débito em conta e boleto bancário. De acordo com o programa, os beneficiários também serão incentivados a participar de um curso de Educação Financeira.

Faixa II

A Faixa II do programa é exclusiva para pessoas com dívidas em bancos, permitindo a renegociação direta com a instituição financeira, sem a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Em troca de descontos nas dívidas, o governo oferece aos credores um incentivo regulatório para aumentar a oferta de crédito.

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Além disso, o financiamento tanto na Faixa I quanto na Faixa II, será isento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O programa também permite a participação de pessoas jurídicas como credoras, que devem oferecer descontos na renegociação e exclusão das contas renegociadas de cadastros de inadimplentes.

Dívidas de até R$ 100 serão excluídas de cadastros de inadimplência

Conforme o Desenrola, os bancos participantes devem excluir do cadastro de inadimplentes as dívidas de até R$ 100. Cerca de 1,5 milhão de brasileiros possuem contas atrasadas nessa média.

Essa exigência se aplica apenas aos bancos, enquanto empresas varejistas, companhias de serviços públicos, entre outros, não são obrigados a excluir essas dívidas dos cadastros para aderir ao programa. O objetivo é permitir que valores mais baixos não negativem o consumidor, mas as contas ainda estarão disponíveis para renegociação.

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