Terra ganha ‘minilua’ que deve ficar por cerca de 1.500 anos

O asteroide gira em torno do Sol de forma sincronizada com a Terra, tornando-se uma espécie de 'minilua' do nosso planeta.

Uma equipe de astrônomos identificou uma ‘minilua’, uma rocha espacial que orbita o Sol quase paralela à Terra. É um asteroide que acompanha o nosso planeta em sua viagem anual ao redor do astro-rei da nossa galáxia.

continua depois da publicidade

Esse antigo companheiro cósmico, chamado 2023 FW13, foi descoberto recentemente. Em suma, ele foi visto pela primeira vez em 28 de março pelos astrônomos usando o telescópio Pan-STARRS.

Os especialistas acreditam que esta ‘minilua’ está perto de nós desde aproximadamente 100 a.C. e continuará a fazer a mesma trajetória por mais 1.500 anos.

Leia também

Sua presença foi confirmada usando telescópios no Havaí e no Arizona. Um dado interessante é que ele orbita o Sol quase exatamente ao mesmo tempo que a Terra.

continua depois da publicidade

Como é essa ‘minilua’ da Terra?

Essa rocha recém-descoberta é um asteroide com um diâmetro de 10 a 15 metros, muito menor em comparação com o nosso satélite natural, que tem um diâmetro de 3.478 quilômetros.

Apesar de seu tamanho modesto, chama a atenção devido à sua trajetória orbital extraordinária e por ser nosso companheiro por mais de mil anos.

Embora não esteja gravitacionalmente ligado à Terra de forma perceptível como a nossa Lua, sua órbita peculiar faz com que ele circule ‘temporariamente’ em torno do nosso planeta; por isso, é chamada de “quase-lua”.

A cada ano, esse asteroide se aproxima a uma distância de 15 milhões de quilômetros da Terra. Após a confirmação, o asteroide 2023 FW13 foi registrado pelo Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional (IAU).

continua depois da publicidade

Devido à sua proximidade e gravidade mais baixa, esse satélite temporário pode ser uma opção interessante como um campo de treinamento para astronautas que irão se aventurar em viagens interestelares no futuro.

Ele poderia até ser usado como uma plataforma de lançamento espacial, posicionada entre nosso planeta e o próximo destino (como uma espécie de trampolim para Marte).

Considerando que está conosco desde pelo menos 100 a.C. e continuará sendo nosso companheiro até pelo menos 3700 d.C., é, sem dúvida, o quase-satélite mais estável da Terra descoberto até o momento.

Esta ‘nova lua’ pode colidir com a Terra?

Parece improvável que este quase-satélite esteja em rota de colisão conosco, apesar de estar relativamente próximo. De acordo com Alan Harris, astrônomo do Space Science Institute, a órbita desse objeto não indica uma trajetória de impacto iminente.

continua depois da publicidade

Vale ressaltar que existem outros corpos semelhantes próximos à Terra. Em 2016, outra ‘quase-lua’ chamada Kamo’oalewa foi descoberta. Ela também segue a órbita do Sol ao redor do nosso planeta, e um estudo de 2021 sugeriu que este asteroide poderia ser um fragmento da nossa própria Lua.

O que é uma ‘quase-lua’?

Uma “quase-lua” é um termo usado para descrever um objeto astronômico que orbita temporariamente ao redor de um planeta, sem estar gravitacionalmente ligado a ele de forma permanente.

Desse modo, este corpo celeste possui uma órbita instável e pode circular o planeta por um período limitado de tempo antes de seguir em sua trajetória original.

Geralmente, esses objetos são asteroides ou fragmentos de cometas capturados pela gravidade do planeta e passam a acompanhar sua órbita por um tempo limitado.

continua depois da publicidade

Embora possam ser considerados “companheiros” temporários, sua ligação com o planeta não é tão forte quanto a de uma lua verdadeira, como a Lua que conhecemos.

Leia também

Concursos em sua
cidade