A conta de luz do mês de junho seguirá com a bandeira verde, ou seja, sem cobrança de taxas adicionais na energia elétrica do consumidor. As informações foram repassadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, com isso, o país completa 13 meses sem reajuste na tarifa em razão das boas condições de geração de luz.
Além disso, ainda segundo a Aneel, há expectativa de seguir sem repasses extras para a conta do consumidor também no ano que vem, em 2024. Vale salientar, no entanto, que essas são apenas previsões, considerando o momento atual de produção de energia elétrica no país.
Conta de luz com bandeira verde em junho
O primeiro semestre de 2023 irá encerrar sem a cobrança de taxa extra na conta de energia elétrica. De acordo com Aneel, o mês de junho segue com a bandeira verde vigente, o que significa que não haverá complemento de cobrança na tarifa.
Vale lembrar que o Brasil experimenta a bandeira verde na energia elétrica, de maneira ininterrupta, desde abril do ano passado. Essa condição representa condições favoráveis de geração de energia. Isso porque, entre abril e setembro de 2022 (período seco), o nível de armazenamento dos reservatórios chegou a 87%.
Desde então, o país vem mantendo uma média boa para a produção de energia elétrica, o que gera certa vantagem na conta de luz. Vale ressaltar que a bandeira verde é válida para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional, que cobre quase todo o território brasileiro e conecta as usinas aos consumidores.
Bandeiras tarifárias de energia elétrica
As bandeiras tarifárias de energia elétrica foram criadas pela Aneel em 2015, com o objetivo de controlar o consumo de luz e incentivar a economia de energia elétrica em meses em que os reservatórios de água das hidrelétricas estão com volumes mais baixos.
Como a maioria da energia gerada no país vem das hidrelétricas, as chuvas influenciam no desempenho de geração de luz e incidem diretamente no custo da sua produção. Em consequência, a falta de água diminui a produção nas hidrelétricas e faz com que o governo acione geradoras termoelétricas, encarecendo a produção de energia.
Vale ressaltar que até abril do ano passado os consumidores estavam pagando a bandeira especial, no valor de R$ 14,20 a mais na conta de luz para cada 100 kWh consumidos. No entanto, com o alto volume de chuvas após abril, a bandeira emergencial foi trocada pela verde. Confira cada uma das bandeiras tarifárias do país:
- Bandeira verde: essa situação indica condições favoráveis de geração de energia e não há geração de custo adicional ao consumidor;
- Bandeira amarela: essa situação já indica um alerta, com condições menos favoráveis de produção da energia. Com isso, gera um aumento de R$ 2,989 para cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha 1: essa situação indica condições ruins de produção de energia, gerando uma taxa de R$ 6,500 para cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha 2: esse é o pior cenário de produção de energia elétrica. Com ela, o consumidor tem que pagar uma taxa de R$ 9,795 para cada 100 kWh consumidos.
Conta de luz será reajustada conforme região
Apesar de o Brasil não ter taxas extras nas contas de luz, os estados brasileiros deverão ter reajustes pontuais, conforme as projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica. O reajuste, no entanto, será variável e dependerá da empresa fornecedora da energia elétrica.
Em linhas gerais, a conta de luz subirá entre 2,7% a 14,3% no país neste ano de 2023. Esses novos valores correspondem aos processos de geração de energia que estão mais caros, além de considerar a taxa de inflação e reajuste do salário mínimo.