A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai definir ainda se aprova a proposta de aumentar a conta de luz no estado do Ceará em 3,62%. Caso seja aceito, o reajuste começa a valer já em 22 de abril. Os novos valores devem impactar diretamente cerca de 3,8 milhões de unidades consumidoras em 184 municípios.
A reunião para definir se haverá a mudança ou não está prevista para a próxima terça-feira (18/04). Além do aumento para os consumidores residenciais, também será um novo percentual repassado para os consumidores de tensão média.
As taxas da conta de luz são reavaliadas levando em consideração a inflação e os custos de compra, transmissão e distribuição de energia elétrica, que variam conforme a distribuidora, além dos encargos setoriais.
Conta de luz pode ficar mais cara no estado do Ceará
Para que os novos valores passem a vigorar no estado do Ceará, será preciso que haja aprovação das taxas. Os percentuais de reajuste da conta de luz solicitados pela Enel variam de acordo com a categoria de consumidor:
- Consumo residencial: aumento de 3,62%;
- Consumo de tensão média: aumento de 4,47%;
- Consumo de alta tensão (indústrias): diminuição de 3,74%.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, os principais fatores que afetam o cálculo da revisão são os custos de transporte e compra de energia e os encargos setoriais. Esses gastos têm relação com as leis aprovadas no país, que possibilitam a implementação de políticas públicas no setor elétrico brasileiro.
Vale salientar que no ano passado o reajuste médio da tarifa de energia elétrica foi de 11,35%. Com esse aumento em 2022, a conta de luz já representava um dos principais gastos para mais de 60% dos brasileiros. Com isso, muitas pessoas renunciaram a outras compras para ter condições de arcar com os custos de energia, conforme levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel).
Conta de luz: bandeira verde deve ficar até o final do ano
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que existe a expectativa de que a bandeira verde fique mantida até o final do ano. Para isso, foi levado em consideração uma tabela que relaciona o índice de chuvas no país ao consumo de luz.
Com a energia elétrica mais barata, os investimentos para a produção agropecuária e industrial são reduzidos, derrubando os preços das mercadorias e, consequentemente, auxiliando a reduzir inflação. Esses dados, no entanto, são suposições e não como definir se haverá um resultado na prática.
As bandeiras tarifárias começaram a ser utilizadas no país no ano de 2015 e vigoram até hoje, com quatro níveis. A maioria da energia elétrica produzida no Brasil advém das hidrelétricas. Dessa maneira, quanto mais água existe, mais fácil a produção de eletricidade.
Assim, o melhor cenário corresponde à bandeira verde, com a situação dentro da normalidade e os reservatórios na capacidade ideal. Nessa faixa não existe cobrança de valor extra na conta de luz. Em seguida, está a bandeira tarifária amarela que possui cobrança de R$ 2,989 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
Quando há situações críticas de abastecimento, as bandeiras vermelhas são acionadas em patamar 1 e 2. Para o segundo caso, há um custo de R$ 9,795 para cada 100 quilowatts-hora consumido.
A bandeira tarifária é aplicada para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), que representam 99% dos brasileiros com energia elétrica.