Cientistas descobrem fonte de água renovável na Lua

Em um relatório publicado na revista Nature Geoscience, os cientistas anunciaram que descobriram uma nova fonte renovável de água na Lua para futuros exploradores.

Um dos objetivos dos grandes cientistas e empreendedores é que o ser humano possa viver fora do planeta Terra. Contudo, atmosfera adequada, realocação, sobrevivência, água… Há muitas coisas que são necessárias para realizar esse desejo. E embora ainda haja um longo caminho a percorrer até que se torne viável, a partir de hoje esse sonho está mais próximo da realidade, pois os pesquisadores descobriram que a Lua possui uma fonte de água renovável.

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Em suma, foram encontradas pequenas esferas de vidro espalhadas na superfície da Lua, potencialmente contendo bilhões de toneladas de água que poderiam ser extraídas e usadas por astronautas em futuras missões lunares. Além disso, essa água pode ajudar os futuros astronautas a produzir água potável, ar respirável e até combustível para foguetes, de acordo com os cientistas.

Análise de amostras lunares apontou que há uma fonte de água renovável na Lua

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Depois de analisar amostras coletadas pela sonda espacial Chang’e 5, cientistas confirmaram a existência de um nova fonte renovável de água na Lua. Inclusive, esta foi a primeira missão de retorno de amostras lunares da China e retornou com pelo menos dois quilos de poeira. O relatório completo foi publicado na revista Nature.

Os pesquisadores analisaram 32 contas de vidro selecionadas aleatoriamente da poeira lunar trazidas para a Terra pela missão em dezembro de 2020. Como resultado, eles encontraram pequenas frações de líquido em cada um desses pequenos cristais espalhados pela superfície do nosso satélite.

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Apesar do tamanho minúsculo dos objetos, os especialistas estimam que haja na Lua o suficiente para extrair bilhões de toneladas. A água chegou às pérolas sob a influência do vento solar, quando partículas de alta energia do sol atingiram o oxigênio presente na superfície desses grãos, indica o texto.

Segundo o professor Sen Hu, coautor do estudo, esse recurso hídrico tem a característica de ser renovável devido ao constante bombardeio de hidrogênio do vento. No entanto, os especialistas enfatizaram a necessidade de mais testes para determinar se o conteúdo é seguro para o consumo.

Busca por água na Lua é antiga

Estudos anteriores também encontraram cristais de água em amostras de rochas vulcânicas removidas há meio século pelas missões Apollo. Em 1971, uma missão conseguiu verificar a existência de vestígios de água na superfície lunar, porém eram somente algumas moléculas difusas.

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A falta de gravidade na Lua não permite a retenção de uma atmosfera, fazendo com que a água evapore rapidamente no vácuo, sendo que a radiação solar é a responsável por quebrar a água em hidrogênio e oxigênio, permitindo que escape para o espaço.

Em 2009, um foguete impactou a cratera Cabeus na Lua enquanto a espaçonave Lunar Crater Sensing and Observation Satellite (LCROSS) da NASA estudava o satélite. O LCROSS detectou uma quantidade significativa de íon hidroxila (OH), o que pode ser atribuído à presença de gelo na cratera ou a hidratos, que são sais inorgânicos contendo moléculas de água ligadas quimicamente. Uma análise posterior anunciou que a concentração de água era de cerca de 6%.

Como foi detectada a presença de água na Lua?

A confirmação definitiva da presença de água no lado iluminado da Lua foi anunciada em outubro de 2020. Em um artigo também publicado na Nature, uma equipe de cientistas usou o SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy), um telescópio infravermelho montado dentro de um jato jumbo 747, para detectar a presença de água não apenas nas rachaduras e sombras das crateras, mas também em partes da Lua onde o sol brilha.

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A descoberta do SOFIA sugere que a água pode estar distribuída por toda a superfície lunar, pois a água detectada é armazenada em bolhas de vidro lunares ou entre grãos de poeira lunar, que são protegidos da radiação.

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