Asteroide vai passar pela Terra esta semana; saiba se há algum perigo

Um asteroide recém-descoberto e classificado como 'potencialmente perigoso' pela NASA passará muito perto da Terra nesta semana.

Um asteroide recentemente descoberto classificado como ‘potencialmente perigoso’ pela NASA está prestes a passar muito perto da Terra. Fará isso a uma distância ainda mais próxima que a da Lua, algo muito incomum, de acordo com os cientistas. Graças à sua aproximação, os astrônomos poderão determinar sua medida exata, estimada entre 43 e 95 metros de diâmetro.

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Batizado de 2023 DZ2, de acordo com a EarthSky, a rocha espacial faz parte da família de asteroides Apollo. A saber, trata-se de um grupo de asteroides cujas órbitas cruzam a órbita da Terra e são potencialmente perigosos para o nosso planeta.

Eles são chamados de “Apollo” em homenagem ao primeiro asteroide desse grupo descoberto em 1932, o 1862 Apollo. Já o 2023 DZ2 foi descoberto pela primeira vez em um observatório em La Palma, nas Ilhas Canárias, na Espanha, no final do mês passado.

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Quando o asteroide passará perto da Terra?

2023 DZ2 é classificado como um NEO (Near Earth Object) e orbita o sol a cada 3,25 anos. A EarthSky sugere que o melhor momento para observar a passagem do asteroide pela Terra é no início da noite do próximo sábado, 25 de março. Ele estará a leste das constelações Órion, Cão Maior e Cão Menor.

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A aproximação da rocha espacial perto da Terra nesta semana não tem chance de atingir a Terra, mas dará aos astrônomos e especialistas uma visão mais próxima do objeto para obter uma melhor compreensão dele e de sua órbita.

De fato, espera-se que a rocha espacial faça outra aproximação terrestre em 27 de março de 2026, de acordo com a NASA, e tem uma chance de 1 em 38 milhões de atingir nosso planeta.

Ele lidera a Lista de Risco da Agência Espacial Europeia (ESA) com 1 em 10 na escala de Torino – o que significa que não há motivo para preocupação pública neste momento. Outras observações poderiam reduzir o risco a zero.

Vale lembrar que, em janeiro deste ano, um asteroide (2023 BU) passou pela Terra a uma altura de 3.600 quilômetros, tornando-se um dos encontros mais próximos já registrados. E em fevereiro, um meteoro de 1 metro foi descoberto apenas algumas horas antes de entrar na atmosfera, iluminando o céu em partes da França e da Europa Ocidental.

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Qual o plano da NASA para impedir a colisão de asteroides com o nosso planeta?

A NASA tem vários planos para evitar que asteroides colidam com a Terra, e uma das missões é a chamada Double Asteroid Redirection Test (DART). A missão DART foi projetada para testar um método de desviar um asteroide colidindo uma espaçonave contra ele em alta velocidade. Desse modo, em setembro de 2022, a NASA enviou um foguete ao espaço com a missão de colidir com um asteroide.

Ele foi enviado para atingir uma pequena lua, Dimorphos, e seu asteroide, Didymos, em um teste para ver se a tecnologia funciona – caso precisemos usá-la para proteger a Terra algum dia. Inclusive, DART foi a primeira espaçonave dedicada a tentar mudar a direção de uma rocha espacial.

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A espaçonave de 570 kg se moveu por 90 mil km no espaço, impactando o asteroide a cerca de 22,5 mil km/h. De acordo com a NASA, quando o DART o colidiu, ele explodiu mais de 1.000 toneladas de rocha e poeira no espaço.

Assim, a missão DART é um esforço colaborativo entre a NASA e várias outras agências espaciais internacionais. Além de testar o método de deflexão, a missão também fornece informações valiosas sobre a estrutura e composição dos asteroides.

A agência espacial norte-americana também rastreia objetos próximos à Terra e desenvolve planos para possíveis cenários de impacto, incluindo opções de desvio ou destruição, se necessário.

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