Dinheiro esquecido em bancos: veja como consultar e sacar

Mais de 20 milhões de consultas já foram realizadas nos primeiros dias. Descubra se você tem valores a resgatar e como sacar.

Por Líria Rezende 07/03/2023 - 20:02

Está liberado a partir desta terça-feira (7) o saque do dinheiro esquecido em bancos. A estimativa é que R$ 6 bilhões sejam devolvidos a 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas, que poderão receber as quantias via Pix. Os dados são do Banco Central, responsável pelo gerenciamento do Sistema de Valores a Receber (SVR).

O órgão revela que 4,6 milhões de brasileiros poderão resgatar a partir de R$ 100. Outros 643 mil têm valores superiores a R$ 1 mil a receber. Para a maioria – 29,2 milhões de titulares – o saldo em conta não chega a R$ 10.

As consultas para saber se há valores esquecidos estão abertas desde o último dia 28, mas ainda não era possível efetuar os saques. Desde então, foram registrados 20 milhões de acessos e 5,5 milhões de titulares com valores disponíveis. Descubra a seguir como sacar o dinheiro esquecido em bancos. Saiba também quem tem direito à retirada.

Como sacar dinheiro esquecido em bancos?

Para retirar valores esquecidos em instituições bancárias é preciso, primeiramente, saber se há saldo em conta, acessar uma conta “gov.br” e passar por uma espécie de agendamento, já que o valor não fica instantaneamente disponível e existe uma fila virtual.

Dada a quantidade de acessos simultâneos e a possibilidade de sobrecarga do sistema, o Banco Central explicará que informará o número de usuários à frente, pela ordem de chegada, e a estimativa de tempo de espera.

Se forem detectados valores a receber, a quantia será depositada no prazo máximo de 12 dias úteis na conta indicada pelo titular, que poderá optar pelo Pix.

O Banco Central recomenda não deixar para criar a conta “gov.br” ou mesmo ajustar o nível de segurança (no caso de contas já existentes) no mesmo dia de agendamento do resgate. Confira o passo a passo para sacar os valores de direito:

Acesse o site do Banco Central;
Preencha os campos solicitados (CPF/data de nascimento ou CNPJ/data de abertura do empreendimento);
Se houver valores esquecidos, o sistema solicitará o acesso por meio de uma conta “gov.br”, por questões de segurança;
Faça login com sua conta “gov.br” (níveis prata/ouro) ou aumente o nível de segurança (nível bronze) pelo site ou aplicativo;
Aceite o “termo de ciência” para prosseguir;
Confira os valores e respectivos bancos disponíveis;
Para efetivar o pedido de devolução, clique em “solicitar por aqui”;
Selecione uma das chaves Pix e informe seus dados pessoais;
Se não houver (ou não aparecer) chave Pix, clique em “solicitar via instituição”, anote o número do protocolo gerado e entre em contato (via telefone ou e-mail indicados na tela) para combinar a forma de retirada.

O sistema permitirá também consulta de valores em contas conjuntas e de pessoas falecidas, com acesso permitido a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais.

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Reprodução: Banco Central

O que são os valores esquecidos?

Segundo o Banco Central, as faixas de valores esquecidos pelos brasileiros disponíveis são as seguintes:

Até R$ 10 – 29.282.110 de correntistas (62,55% do total);
De R$ 10,01 a R$ 100 – 12.195.837 (26,05%);
Entre R$ 100,01 e R$ 1.000 – 4.694.862 (10,03%);
Valores superiores a R$ 1 mil – 643.105 (1.37%).

Mais conhecido como “dinheiro esquecido”, o Sistema de Valores a Receber abrange tanto contas (corrente e poupança) encerradas ainda com saldo disponível como recursos dos seguintes tipos:

Tarifas, parcelas ou obrigações de crédito cobradas indevidamente;
Recursos não procurados de grupos de consórcio já encerrados;
Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários das cooperativas de crédito;
Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras – também encerradas enquanto ainda havia saldo disponível.

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