A consulta ao dinheiro esquecido é reaberta novamente pelo Banco Central após quase um ano de paralisação. Por enquanto, a plataforma vai indicar apenas se há ou não algum valor a receber. Conforme o BC, informações sobre a quantia e próximos passos serão liberadas em 7 de março, a partir das 10h.
Estimativa aponta que R$ 6 bilhões devem ser devolvidos para 38 milhões de CPFs e 2 milhões de CNPJs. O Sistema Valores a Receber foi lançado em fevereiro de 2022, quando clientes puderam conferir pela primeira vez se tinham alguma quantia esquecida em contas antigas de instituições financeiras.
O sistema ficou suspenso em razão da greve de servidores, que durou meses e acabou modificando o cronograma da instituição para aprimorar a plataforma de consulta.
Banco Central reabre as consultas ao dinheiro esquecido
A estatal disponibilizou nesta terça-feira (28/02) a consulta ao dinheiro esquecido em instituições financeiras.
Para saber se possui algum valor a receber siga com os passos:
- Acesse o endereço eletrônico do Valores a Receber, disponibilizado pelo Banco Central;
- Em seguida, informe o CPF e data de nascimento, ou CNPJ e data de criação da empresa que deseja fazer a consulta;
- Caso tenha algum valor a receber, ele poderá ser acessado a partir das 10h do dia 7 de março de 2023.
Caso identifique algum valor a receber, no dia 7 de março, será preciso fazer os seguintes procedimentos:
- Retornar à página inicial do SVR;
- Fazer login na plataforma Gov.BR (com conta nível prata ou ouro). Quem ainda não tiver cadastro deve fazer uma gratuitamente;
- Ler e aceitar o Termo de Ciência;
- Escolher como vai receber o pagamento.
Vale lembrar que nessa segunda fase da consulta ao dinheiro esquecido nos bancos será possível buscar informações de contas de pessoas que já faleceram. Neste caso, têm dinheiro aos valores os herdeiros legais.
Dinheiro esquecido em bancos: BC alerta para golpes
De acordo com o Banco Central, só existe uma plataforma para realizar a consulta dos valores esquecidos em bancos. Assim, os usuários devem ter cuidado com facilidades propostas por terceiros.
Em suas abordagens os criminosos copiam a assinatura do Banco Central para dar maior credibilidade ao contato. No entanto, a estatal não vai entrar em contato com o cliente que tem dinheiro a receber.
Nas mensagens encaminhadas pelos fraudadores, eles anexam um link que, caso o cliente clique, vai direcioná-lo a um formulário, que coleta dados pessoais, como CPF, endereço, nome completo e informações bancárias, como o número do cartão de crédito.
Após isso, segundo a Polícia Federal, as vítimas são notificadas que possuem um valor a ser resgatado no Banco Central. Para acessar o dinheiro, no entanto, os golpistas orientam que as vítimas encaminhem a mensagem a seus contatos, para o valor prometido ser liberado.
Em posse dos dados das vítimas, os criminosos têm acesso às informações pessoais, como número do cartão de crédito. Com isso, podem abrir contas em bancos e acessar o limite do cheque especial das pessoas por meio da abertura de empresas fantasmas, bem como solicitar empréstimos.
Clicar em endereços eletrônicos desconhecidos é perigoso, pois dá margem para os criminosos invadirem os celulares e aplicar ainda mais fraudes, além desse dos valores esquecidos em bancos.
A instrução é a de que as pessoas que eventualmente caiam no golpe procurem a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência o mais rápido possível para evitar danos maiores.