Na última segunda-feira (30), o Tesouro RendA+ teve lançamento na B3, escritório brasileiro da Bolsa de Valores. Neste sentido, o título público do Tesouro Nacional faz parte de uma iniciativa de complementar a aposentadoria dos brasileiros.
Além disso, é uma das primeiras iniciativas oficiais do Tesouro Nacional para este ano. Desde 2002, o órgão de administração pública associado ao Ministério da Economia não apresentou atualizações ou novos serviços aos cidadãos. Saiba mais a seguir:
Como funciona o complemento do Tesouro Direto?
Em primeiro lugar, o investidor deve selecionar um título cuja data está mais próxima do período em que gostaria de se aposentar. No período de vencimento desse título, o investidor receberá uma renda extra equivalente ao investimento por pelo menos 20 anos, através de 240 parcelas mensais.
Mais ainda, a proposta estabelece que o salário mensal de investimento seja corrigido a cada novo ciclo de pagamento. Desse modo, há garantia de crescimento do poder de compra durante o período de atendimento do RendA+.
Basicamente, o Tesouro RendA+ é um nome fantasia e popular para a NTN-B, série 1. Estabelecida pelo Decreto número 11.301, sancionado no dia 21 de dezembro de 2022, essa é uma das seis Notas do Tesouro Nacional, inserida nos títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal.
A princípio, estão disponíveis 8 títulos, cujos prazos variam. Dessa forma, o menor prazo prevê o vencimento até 2030, enquanto o maior está estabelecido para 2065. Sendo assim, a ordem dessa nova modalidade de investimentos está da seguinte forma:
- Renda+ 2030: vencimento em 15/12/2049;
- Renda+ 2035: vencimento em 15/12/2054;
- Renda+ 2040: vencimento em 15/12/2059;
- Renda+ 2045: vencimento em 15/12/2064;
- Renda+ 2050: vencimento em 15/12/2069;
- Renda+ 2055: vencimento em 15/12/2074;
- Renda+ 2060: vencimento em 15/12/2079;
- Renda+ 2065: vencimento em 15/12/2084.
Os rendimentos de cada título estão suscetíveis à inflação, mensurada pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Porém, há um acréscimo de taxas.
O RendA+ vale a pena?
O lançamento do RendA+ faz parte de uma estratégia do Tesouro Nacional para complementar a renda dos aposentados. De acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46% dos aposentados brasileiros afirmam que o valor da aposentadoria não é suficiente.
Nesse mesmo estudo, 89% dos brasileiros concordaram que é fundamental realizar investimentos com foco em ter uma boa condição financeira no futuro. Sobretudo no que se refere ao período de envelhecimento.
Neste contexto, o RendA+ foi criado com foco em trabalhadores autônomos com renda mensal entre 3 a salários mínimos, seguindo o piso nacional como referência. Apesar disso, os especialistas indicam que os títulos são interessantes para todos os perfis de investimento.
A princípio, os cidadãos podem investir no RendA+ a partir de R$ 30,09. Os investimentos são realizados a partir de qualquer instituição financeira ou corretora habilitada a gerenciar as ações do Tesouro Direto.
Neste caso, deve-se criar uma conta associada à corretora, realizar a transferência de valores e escolher o título que receberá aquela quantia. Por fim, o Tesouro RendA+ é um novo título do Tesouro Direto, mas não substitui as aposentadorias do INSS.
Ainda que ofereça facilidades, é fundamental que cada cidadão avalie os prós e contras desse investimento antes de efetuar as transações. Em alguns casos, as corretoras oferecem atendimento personalizado para orientação dos clientes, a fim de proteger a renda e sugerir aplicações compatíveis.