Endividamento dos brasileiros ultrapassa 77% e bate recorde

Pesquisa aponta superendividamento especialmente entre as famílias mais pobres. Leia e entenda a seguir.

O endividamento cresceu e bateu recorde em 2022, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a pesquisa, o brasileiro hoje compromete, em média, quase um terço da renda para pagar dívidas.

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Além disso, o cenário é ainda mais crítico quando analisadas as diferentes faixas de renda. Com efeito, a parcela de famílias endividadas chega a 80% entre os mais pobres.

Principais motivos de endividamento dos brasileiros

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) destaca que o endividamento das famílias brasileiras chegou a 77,9%. O levantamento, divulgado pela CNC, também aponta que em 2021 esse número foi de 70,9%.

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Entre os principais motivos de endividamento, a Peic destacou os seguintes:

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  • 1º lugar – cartão de crédito que corresponde a 86,6% das famílias;
  • 2º lugar – carnês com 19%;
  • 3º lugar – financiamentos de carros, que chegou a 10,4% no ano passado.

Dados sobre a inadimplência no país

Em relação a inadimplência, segundo a Peic, o percentual também bateu recorde no ano passado, chegando a 28,9%. Assim, os dados apontam que a cada 10 famílias, três atrasaram o pagamento em 2022. Se comparado a 2021, o número é 3,7 pontos percentuais maior.

De acordo com o CNC, entre os fatores que agravaram a situação de endividamento e inadimplência no país, estão:

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  • Novos métodos de pagamento, como o Pix;
  • Retomada do consumo com a flexibilização das medidas sanitárias impostas durante a pandemia de COVID-19;
  • Impacto da pandemia nos empregos e fechamento de negócios;
  • Inflação e juros.

Além dos fatores citados acima, a inflação e os juros também foram responsáveis pelo endividamento das famílias brasileiras, sobretudo as mais vulneráveis financeiramente.

De acordo com a Peic, duas em cada dez famílias que recebem até dez salários mínimos por mês se declararam muito endividadas.

Como evitar o endividamento?

Com o tempo, se forem mal geridas, as dívidas podem se tornar uma bola de neve, mas com alguns passos simples, é possível manter suas finanças em equilíbrio. Veja as dicas abaixo:

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1. Tenha um planejamento financeiro estruturado

O primeiro passo para alcançar uma vida financeira estável e sair das dívidas é ter um planejamento financeiro estruturado. Planejar suas finanças ajuda você a ter uma ideia precisa dos seus gastos.

Sem planejamento, é mais provável que a dívida se acumule. Já que você simplesmente gasta seu dinheiro, sem saber exatamente quanto, como e com o quê.

2. Controle todas as suas despesas

Outro passo que você deve tomar para sair de vez das dívidas é manter todas as suas despesas sob controle. Embora pareça, à primeira vista, algo muito difícil de conseguir, pode ser feito de forma simples e prática.

A tecnologia ainda oferece uma forma de controlar todos os seus gastos e, assim, proteger seu bolso de dívidas com bastante facilidade.

Desse modo, criar uma planilha de Excel, que contém todas as suas receitas, ou seja, todas as fontes de receita do seu orçamento, é uma forma de saber exatamente quanto dinheiro você tem disponível.

3. Prefira fazer compras à vista

Uma das formas mais inteligentes de quitar dívidas de forma definitiva é, sempre que possível, fazer suas compras à vista. E, preferencialmente, efetuar o pagamento em dinheiro.

Como você leu no início, o principal fator de endividamento para a maioria das pessoas que estão em atraso é por conta das parcelas. Especialmente com cartões de crédito ou Pix. Portanto, evitá-los é uma ótima estratégia.

4. Evite gastos desnecessários

Se você realmente quer fugir das dívidas e manter uma vida financeira saudável, é muito importante evitar gastos desnecessários. Então, se você realmente não precisa comprar algo, simplesmente não compre.

5. Calcule o valor total de quanto você deve e pague suas dívidas

Se você já tem algumas dívidas acumuladas, o primeiro passo que deve tomar é não fazer mais dívidas neste momento, ou seja, pelo menos até quitá-las. O segundo passo é descobrir exatamente quanto você deve agora, especialmente se você deve a mais de um credor.

Assim, depois de organizar suas pendências, colocando na ponta do lápis o total de tudo o que você deve, decida como vai começar a pagá-las, separando-as de acordo com a prioridade de cada uma.

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