Pagamento em cheque cai em desuso e Pix pode ter influenciado

Pagamento por meio de cheque especial segue caindo. Redução chega a 94% em comparação com o ano de 1995.

Muitos costumes vêm sendo adaptados com o passar dos anos, principalmente motivados pelos avanços do mundo digital, buscando sempre o imediatismo e praticidade. Essas alterações podem ser observadas na maneira como as pessoas efetuam as compras e arcam com suas contas. Pagamento em cheque, por exemplo, caiu em desuso.

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O cheque é uma ordem de pagamento à vista, que pode ser recebido em dinheiro diretamente na agência onde o emitente tem conta. Além disso, pode ser depositado em outra agência, para ser compensado e creditado na conta do beneficiário.

Pagamento em cheque cai em desuso

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O uso dessa modalidade de pagamento segue em queda. Em 2022 chegou à redução de 94% comparado a 1995. No ano passado foram compensados 202,8 milhões de documentos, representando uma diminuição de 7,3% em relação ao ano anterior.

As estatísticas têm como base o Serviço de Compensação de Cheques, divulgadas pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).

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Apesar da redução na quantidade de cheques compensados em 2022, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável, passando de R$ 667 bilhões no ano de 2021, para R$ 666,8 bilhões no ano passado.

O levantamento mostrou ainda que o valor médio de transações com cheque aumentou de 2021 para 2022, passando de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88.

O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet, mobile banking e a criação do Pix, são os principais fatores que explicam a redução ao longo de cerca de 30 anos no uso do cheque. Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas por meio dos canais digitais.

Os números coletados demonstram que a população está usando o cheque para efetuar pagamentos de maior valor, com parcelamento mais extensos. Com o cartão de crédito também é possível o parcelamento, mas a falta de limite pode ser o empecilho.

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Em contrapartida, o Pix é utilizado para transações de menor valor, como em compras com profissionais autônomos, restaurantes e lanchonetes.

Pix atinge recorde de transações

A modalidade de pagamento Pix chegou a R$ 11 trilhões de movimentações financeiras em 2022. Isso pode justificar o motivo pelo qual os cheques vêm caindo em desuso.

Assim, o Pix superou as quantias movimentadas por boletos, que somaram R$ 5,3 trilhões. No entanto, as transações por TED seguem sendo as maiores no país, chegando a R$ 40,7 trilhões.

O Pix foi criado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Com ele é possível transferir recursos entre contas de maneira gratuita em poucos segundos, 24 horas, em qualquer dia da semana, inclusive em feriados.

Para usar esse serviço, é preciso ter uma conta-corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Em seguida, será preciso criar uma chave de acesso, que pode ser o número do seu CPF, endereço de e-mail, nº do celular ou chave aleatória.

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Com tanta facilidade, o Pix se tornou queridinho pelos brasileiros, sendo uma das modalidades de pagamento mais usadas. Vale lembrar que ele foi criado recentemente, e pode chegar a ser a transação financeira mais utilizada no país.

Apenas no ano passado, segundo levantamento do Banco Central (BC), o Pix movimentou R$ 10,9 trilhões, ficando em segundo lugar no tipo de operação financeira realizada no país.

Em quantidade de transações ele segue imbatível, pois teve 24,3 bilhões apenas em 2022, superando os 4 bilhões de pagamentos por boletos e do 1 bilhão de transferências por TED. Ainda conforme o Banco Central, o valor médio das transações via Pix foi de R$ 449 em 2022.

Os dados indicam ainda que as transações vêm em ritmo de alta. Em dezembro de 2022, o sistema de transferências instantâneas superou a marca de R$ 1 trilhão em um único mês.

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