Na última terça-feira (25), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em nota que o levantamento do Censo 2022 será divulgado em abril. Anteriormente, a previsão era que a operação censitária seria concluída ainda no mês de janeiro.
Sobretudo, as pesquisas domiciliares com agentes do instituto continuará ao longo do próximo mês. Entretanto, existem aspectos específicos que serão cobertos nesse próximo período para finalizar a pesquisa populacional. Saiba mais a seguir:
Como funciona a liberação dos resultados?
A princípio, o IBGE confirmou que os agentes trabalharão com o processo de revisão, controle de qualidade e apuração das informações levantadas através do Censo de 2022. Em especial, esse procedimento será realizado para reverter as recusas dos cidadãos em participar da pesquisa.
Portanto, os agentes realizarão novas visitas aos domicílios que foram sinalizados com moradores ausentes para efetuar as entrevistas. Paralelamente, haverá um trabalho de verificação de domicílios vagos, bem como as residências de uso ocasional.
Para evitar as possíveis duplicidades, esses endereços serão checados pessoalmente, mas também através de outras bases de dados. Ou seja, o mês de fevereiro é voltado a um processo de pente-fino nos dados coletados nos últimos meses.
Com esses procedimentos realizados, será possível realizar a organização da divulgação e liberação dos resultados. De acordo com a página do Censo 2022, a divulgação dos resultados é realizada em diferentes mídias, com formatos amplos e recortes espaciais variados.
A divulgação é desenvolvida para atender as demandas dos segmentos de público que acessa essas informações. Desde instituições públicas e privadas até os próprios cidadãos participantes da pesquisa, a divulgação é planejada com foco na acessibilidade e navegabilidade.
Quais são os entraves do Censo 2022?
A princípio, a previsão era que o recenseamento populacional seria concluído em outubro de 2022. Na época acabou sendo adiado para meados de dezembro do último ano. Contudo, no prazo de divulgação, houve um novo adiamento para janeiro de 2023.
A partir da nota, divulgada nessa semana, o instituto chegou ao terceiro adiamento, mas garantiu que os resultados serão publicados até abril. Segundo o IBGE, 89 milhões de domicílios foram visitados e 184 milhões de pessoas participaram do recenseamento.
Apesar disso, entrevistas com ex-representantes do instituto e a avaliação dos especialistas apontam que o adiamento pode prejudicar a qualidade dos dados e dificultar a confiança dos brasileiros na pesquisa. Conhecido como uma das maiores iniciativas censitárias do mundo, a pesquisa passou por entraves.
Em primeiro lugar, foram mais de 6 meses de trabalho de campo, o dobro do tempo previsto inicialmente para a realização do Censo 2022. A estimativa inicial era de que o público chegaria a 207,8 milhões de pessoas, mas as informações recentes reduziram esse número a 184 milhões de brasileiros.
Sendo assim, a prévia apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU) indica que o IBGE precisa recensear cerca de 11,5% da população brasileira. As dificuldades se estenderam desde a coleta das informações até a contratação dos agentes, com diversos processos seletivos ao longo do último ano.
Sobre os adiamentos e outros entraves, o IBGE divulgou uma nota rebatendo as críticas e garantindo que o Censo é realizado “de forma transparente, com vários mecanismos de controle, seguindo rigorosamente todas as etapas necessárias e imprimindo qualidade em todas as fases da operação”.
Para acompanhar as informações e atualizações sobre o Censo 2022, os cidadãos podem acessar o site da pesquisa, vinculado ao sistema Gov.br do Governo Federal.
