O Pix teve, em 2022, um recorde de movimentações, chegando a quase R$ 11 trilhões no ano anterior. Assim, mais do que dobraram as operações realizadas em 2021, segundo divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (23/01). No ano anterior, o valor transacionado ficou em cerca de R$ 5,2 trilhões.
O Pix também superou as quantias movimentadas por meio de boletos, que somaram R$ 5,3 trilhões. As transações por TED, no entanto, seguem sendo as maiores no país, chegando a R$ 40,7 trilhões.
Pix teve recorde de movimentações em 2022
O Pix é uma modalidade de transação financeira realizada de maneira instantânea, criado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Com ele, os brasileiros conseguem transferir recursos entre contas de maneira gratuita em poucos segundos, 24 horas e em qualquer dia, até mesmo nos feriados.
Para usar o Pix, o cidadão deve ter uma conta-corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Depois, será preciso criar uma chave, que pode ser o CPF, e-mail, nº do celular ou chave aleatória.
Com tanta facilidade, praticidade e gratuidade, ele caiu no gosto dos brasileiros e se consolidou como um dos métodos de pagamento mais usado por eles. Apenas no ano de 2022, o Pix movimentou R$ 10,9 trilhões, segundo levantamento do Banco Central (BC), ficando em segundo lugar no tipo de operação financeira realizada no país.
Em quantidade de transações, no entanto, ele é imbatível, e teve 24,3 bilhões apenas em 2022, muito superior aos 4 bilhões de pagamentos por boletos e do 1 bilhão de transferências por TED. Ainda segundo o BC, o tíquete médio das transações via Pix foi de R$ 449 em 2022, enquanto R$ 1.315 foi de boletos e de R$ 40.297 de TED.
Os dados indicam ainda que as transações vêm em ritmo de alta. No último trimestre, por exemplo, o sistema de transferências instantâneas superou a marca de R$ 1 trilhão em um único mês, registrado em dezembro.
Pix 2023: confira novas regras
Originalmente, essa operação de crédito tinha um valor máximo individual que poderia ser transferido para outra pessoa por meio de uma única operação.
Contudo, de acordo com o Banco Central, essa norma não tinha grande efetividade, pois a mesma conta poderia fazer mais operações com valores menores, enviando grandes quantias. Dessa maneira, a partir das novas regras do Pix, há um valor máximo por transação, dando espaço para um limite diário definido por período (diurno ou noturno).
A seguir, confira quais são essas novas regras:
Período noturno flexível
Desde o começo do uso do Pix, as transações noturnas têm um limite mais baixo. Antes, o período estava fixado entre as 20h e 6h do dia seguinte. Agora, os correntistas poderão definir um tempo diferente para o período noturno, podendo começar às 21h e finalizando às 5h, por exemplo.
Pix Saque e Pix Troco: novos valores
Anteriormente, o limite de operação nessas modalidades estava fixado em R$ 500 durante o dia e de R$ 100 no turno da noite.
A partir das novas regras do Pix, essa quantia aumentou, passando para R$ 3 mil no período diurno e de R$ 1 mil à noite.
Aposentadorias e pensões pagas pelo Pix
O PagTesouro, sistema da Secretaria do Tesouro Nacional para pagamentos via Pix, permitia que transferências instantâneas fossem realizadas para o recebimento de taxas e multas. Esse formato substituía as Guias de Recolhimento à União (GRU).
A partir das atualizações, o Tesouro Nacional poderá pagar aposentadorias, pensões e salários aos servidores públicos para contas-salários associada ao Pix.
Correspondentes bancários
As novas regras anunciadas pelo Banco Central facilitam o recebimento de valores via Pix em correspondentes bancários. Dessa maneira, as empresas podem ter uma conta para receber recursos sobre prestação de serviços.