Desde os anos 90, astrônomos e cientistas utilizam telescópios em busca de planetas além do nosso, como os exoplanetas. Em suma, os exoplanetas são referidos como todos os planetas que estão fora do sistema solar. Desse modo, são notoriamente difíceis de obter imagens diretamente porque estão muito longe da Terra.
Isso significa que, até agora, a maioria dos exoplanetas descobertos são semelhantes a Júpiter, pois os planetas do tamanho da Terra são muito menores e mais difíceis de descobrir com telescópios mais antigos.
Apesar disso, em 2009, a NASA lançou uma espaçonave chamada Kepler para procurar exoplanetas. Kepler procurou planetas de vários tamanhos e órbitas. Esses planetas orbitavam em torno de estrelas de diferentes tamanhos e temperaturas. E alguns deles são planetas rochosos que estão a uma distância muito especial de sua estrela, chamada de “zona habitável”, onde a vida pode ser possível.
Além do Kepler, o famoso Telescópio Espacial James Webb é reconhecido por sua capacidade de observar as atmosferas de planetas potencialmente habitáveis e descobrir novos mundos. E foi exatamente isso que ele fez recentemente.
Descoberta do LHS 475 b
Segundo a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), o James Webb descobriu seu primeiro novo exoplaneta. Os pesquisadores rotularam o planeta como LHS 475 b, e é aproximadamente do mesmo tamanho da Terra, conforme a agência.
Localizado a apenas 41 anos-luz de distância, o planeta orbita muito perto de uma estrela anã vermelha. Com efeito, o fato de sua órbita em torno de uma estrela diferente do Sol durar dois dias, esse exoplaneta tem um clima quente, então começam a surgir dúvidas sobre se é ou não habitável.
Os pesquisadores esperam que nos próximos anos, devido às capacidades avançadas do telescópio Webb, eles sejam capazes de detectar mais planetas do tamanho do nosso.
Estudo dos exoplanetas através do James Webb
O James Webb é o único telescópio espacial operacional que pode caracterizar a atmosfera de planetas semelhantes em tamanho à Terra, embora os pesquisadores da NASA ainda não saibam se o exoplaneta descoberto (LHS 475 b) tem uma. No caso de tê-la, uma das hipóteses é que essa atmosfera seja composta exclusivamente de dióxido de carbono.
Em uma tentativa de entender as características de um exoplaneta, os pesquisadores procuram sua massa e diâmetro, além de determinar se é sólido ou gasoso ou mesmo se tem vapor de água na atmosfera.
Outro elemento importante do estudo é descobrir a distância entre um exoplaneta e sua estrela hospedeira. Isso ajuda os cientistas a determinar se um mundo descoberto é habitável ou não.
Se um exoplaneta estiver muito próximo da estrela, pode estar muito quente para sustentar a água líquida. Se for muito longe, pode ter apenas água congelada. Quando um planeta está a uma distância que lhe permite ter água líquida, diz-se que está na Zona Goldilocks, ou “Zona Cachinhos Dourados”.
Por fim, o Telescópio Espacial James Webb é um projeto internacional liderado pela NASA em conjunto com a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense. Sua expedição abre a possibilidade de identificar mais planetas terrestres do tamanho da Terra. Essa habilidade pode ser fundamental na busca por outros planetas com capacidade de abrigar vida.