Protetores de animais ficam em alerta nesta Sexta-feira 13; saiba o porquê

Os protetores de animais sempre ficam em alerta durante esta época do ano, por conta da sexta-feira 13 e o perigo que um grupo específico passa a correr. Entenda mais.

Com a chegada de mais uma sexta-feira 13, um dia popularmente conhecido como um período de infortúnios, as ONGs de animais voltam a ficar em alerta. Afinal, a data é perigosa para uma espécie distinta, por conta de uma tradição antiga e de um preconceito pautado no medo irracional da data por estar associada ao azar.

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Esta espécie, por sua vez, é a do famoso gato preto, animal que fica mais suscetível a sofrer agressões e até mesmo ser sacrificado em rituais por conta da época. Para evitar este fim, várias instituições diminuem ou vetam doações nas sextas-feiras 13, por exemplo. Determinadas ONGs sequer abrem seus centros na semana seguinte à data, no Dia das Bruxas ou em feriados religiosos.

Mas afinal, por que esta data está rodeada de tantas superstições? E de onde vem esta ideia equivocada de que o gato preto traria azar? Entenda mais sobre esta crença ultrapassada abaixo.

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O gato é um animal que remonta aos tempos mais antigos do mundo. Suas crenças são milenares; no Egito, por exemplo, os felinos eram adorados como deuses. Com a ascensão do cristianismo na Europa, porém, os símbolos pagãos, ou seja, todos aqueles não associados ao Deus cristão, tomaram uma conotação negativa.

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Por anos, grupos religiosos fervorosos disseminaram a ideia de que gatos pretos eram encarnações de espíritos maliciosos e amaldiçoados, o que os tornou um símbolo da má sorte, bem como os companheiros das bruxas, figuras erroneamente consideradas diabólicas. A partir de então, começou a era do preconceito e perseguição contra estes felinos.

Em relação à bruxaria, por sua vez, as mulheres associadas a esta prática eram apenas curandeiras que utilizavam fontes naturais para lidar com doenças. Para afastar os ratos de suas casas, mantinham os gatos por perto. Durante a Inquisição, período de ação dos grupos da Igreja Católica que perseguiam a heresia e a bruxaria, estas praticantes começaram a ser capturadas e mortas em fogueiras; e os gatos tinham o mesmo fim.

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A população de gatos pretos chegou a diminuir exponencialmente no continente europeu durante esta era. Muitos historiadores associam a queda do número de felinos à peste bubônica. Afinal, sem os bichanos, mais ratos perambulavam pelas ruas e causavam doenças.

Problemas supersticiosos atuais

Estas teorias errôneas geram impactos até hoje, principalmente em abrigos e ONGs animais. Por exemplo, os gatos pretos são os que têm mais dificuldade em encontrar um lar. Na sexta-feira 13, centros de adoção raramente realizam o processo quando se trata desta raça, já que existe a grande possibilidade do animal ser adotado para ser sacrificado.

Atualmente, sabe-se bem que praticar atos de abuso, maus-tratos, mutilar e ferir animais silvestres, domésticos, nativos, exóticos e domesticados é um crime. O ato gera uma detenção de três meses a um ano, bem como uma multa; isso é definitivo na Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/98.

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Até mesmo os gatos brancos podem ser usados em rituais de sacrifícios, o que faz com que estes bichanos também entrem na lista de alerta. Sejam eles totalmente pretos ou brancos, é preciso tomar cuidado e informar o centro mais próximo para evitar acidentes e infortúnios.

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