A Receita Federal paga nesta quinta-feira, 29/12, mais um lote residual da restituição do Imposto de Renda, totalizando R$ 903 milhões referentes ao mês de dezembro e destinados a quem teve pendências regularizadas após cair na chamada malha fina do leão. Mais de 488,6 mil contribuintes estão nesse grupo.
Atualizado pela taxa Selic, o valor da restituição é depositado diretamente na conta bancária informada na declaração do IR ou por meio da chave Pix indicada pelo contribuinte. A consulta ao lote do mês também já está liberada e contempla grupos prioritários e não prioritários.
Do total disponível, R$ 235,6 milhões pertencem a quem tem prioridade legal: idosos, contribuintes com alguma deficiência física ou mental e aqueles cuja principal fonte de renda é o magistério. Somente esse último grupo contempla 11,4 mil trabalhadores. Já os chamados grupos não prioritários abrangem 437 mil brasileiros.
Como consultar restituição do IR?
É possível recorrer aos seguintes canais para saber se a restituição do Imposto de Renda está disponível:
- Site da Receita Federal, diretamente no ícone “consultar a restituição”;
- Aplicativo da Receita disponível para dispositivos móveis Android e iOS.
Quem não resgatar os valores de direito no prazo de um ano deverá solicitar o resgate no Portal e-CAC, por meio do seguinte passo a passo: “declarações e demonstrativos > meu imposto de renda > solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.
Se o crédito for liberado, mas não estiver disponível para o contribuinte, os valores seguirão disponíveis no Banco do Brasil, também pelo prazo máximo de um ano. É o caso, por exemplo, de quem tiver tido desativada a conta bancária informada na época da declaração. Para esse grupo, o reagendamento pode ser solicitado pelos canais do BB: site, 4004-0001 (capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões).
Saiba mais: malha fina 2022
Segundo a Receita Federal, mais de um milhão de contribuintes caíram na malha fina do IRPF. Do total, a maioria tem imposto a restituir – 811 milhões de declarações com gastos essenciais como saúde, educação e transporte. Outras 198,5 mil são referentes a valores a pagar ao passo que a minoria – 21,9 mil – tem saldo zerado.
A omissão de rendimentos de titulares e dependentes lidera a lista de motivos que levaram o contribuinte a cair na malha fina em 2022, representando 41,9% dos casos.
O grupo é seguido por 28,6% relativo a deduções da base de cálculo, caso das despesas médicas, por exemplo, e 21,9% que apresentou divergências entre os valores informados pela fonte pagadora e os declarados pela pessoa física.