Nova Reforma Administrativa está nos planos do novo governo; entenda

O Governo eleito pretende estabelecer novos moldes para a reforma administrativa, substituindo a versão antiga do projeto.

O Gabinete de Transição informou nesta terça (06/12) que haverá mudança na atual proposta de reforma administrativa. O novo Governo pretende substituir essa reforma por outra, uma vez que a ideia de Estado do Governo eleito é diferente do que vinha sendo trabalhado até então.

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De acordo com ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, integrante do grupo de trabalho, o Congresso terá que aprovar a retirada da tramitação do texto atual, uma vez que a Proposta de Emenda à Constituição 32 (PEC 32) estava aprovada em algumas comissões da Câmara dos Deputados.

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Confira o que muda na reforma administrativa com o novo Governo. Foto: montagem / Pixabay – Canva PRO

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Haverá reajuste em 2023?

Como forma de repor as perdas salariais dos servidores públicos, o Governo pretende propor reajustes. Porém, esse aumento será gradual, uma vez que não há essa previsão orçamentária para 2023.

De acordo com o ex-senador e ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do Gabinete de Transição, não há possibilidade de reparar sete anos nos primeiros dias de Governo. Segundo ele, é necessário ser transparente.

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Aloizio Mercadante salienta, ainda, que o reajuste dos servidores deverá ser debatido somente após a aprovação do Orçamento de 2023. Isso porque o governo eleito não tem conhecimento do espaço fiscal que terá para que esse aumento seja realizado.

“Vamos aguardar a aprovação do Orçamento e ver qual será a margem que vamos ter em relação ao reajuste de servidores”, justificou o ex-ministro.

PEC 32: proposta inicial que pode ser alterada

O texto-base da reforma administrativa havia sido aprovado em 2021, com 28 votos a favor e 18 contra. Um dos pontos mais controversos diz respeito à estabilidade dos servidores públicos, que seria retirada de quase todos os cargos, permanecendo somente para as carreiras consideradas de Estado.

De acordo com o Ministério da Economia, possíveis demissões de servidores públicos garantiria que os funcionários tivessem um melhor desempenho em suas atividades, além de gerar economia para os cofres público.

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Isso não foi bem recebido pelos servidores e diversos sindicatos realizaram protestos contra as propostas. Outro ponto da reforma administrativa diz respeito a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho em até 25% em períodos fiscais. Com isso, os salários dos servidores também seriam reduzidos proporcionalmente.

Conforme Aloizio Mercadante, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não é contrário à reforma administrativa, mas acredita que ela não deve ser nos moldes da PEC 32.

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