A busca pela tumba de Cleópatra tem sido um mistério há séculos. Para refrescar sua memória, Cleópatra foi a última rainha da antiga dinastia egípcia, além de uma figura representada em dezenas de filmes, séries e videogames que se consolidou como uma das mulheres faraônicas mais icônicas de todos os tempos.
Agora, depois de séculos de busca, a tumba dessa mítica rainha egípcia pode estar mais perto de ser descoberta do que nunca. De fato, historicamente tem sido afirmado que ela foi enterrada sob o Templo Taposiris Magna, exatamente onde encontraram um impressionante túnel geométrico.
O túnel foi descoberto por arqueólogos da Universidade de Santo Domingo. A estrutura tem 1.305 metros de comprimento, datado da época greco-romana e fica perto do Templo Taposiris Magna, no oeste da cidade mediterrânea de Alexandria.
Em comunicado, o Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio explicou que o túnel, esculpido na rocha, tem dois metros de altura e fica a 13 metros de profundidade.
A equipe de arqueólogos encontrou perto do templo as cabeças de duas estátuas de alabastro, uma de uma pessoa do período ptolomaico e a outra provavelmente uma representação da esfinge.
A descoberta arqueológica mais importante do século 21
A equipe da Universidade de Santo Domingo está firmemente convencida de que Cleópatra e seu amante Marco Antonio foram enterrados dentro do templo onde o túnel foi encontrado.
Contudo, as chances de encontrar a tumba de Cleópatra, para alguns arqueólogos, são de 1%. Apesar disso, encontrar os restos mortais do último faraó do Egito seria a descoberta mais importante do século 21.
Uma descoberta que se encaixa nas versões dos mitos contados por séculos, que narram que, depois que Marco Antonio se suicidou antes de sua derrota para Octavio, Cleópatra preparou detalhadamente todos os planos para que ambos fossem enterrados juntos neste templo.
“Milagre da Engenharia”
O grupo de arqueólogos chamou o túnel de “um milagre da engenharia”, ao explicar que seu projeto arquitetônico se assemelha muito ao projeto do túnel Yubilinus na Grécia, além de ser consideravelmente mais longo. A equipe ainda observou que uma parte decente do túnel foi descoberta sob o Mar Mediterrâneo.
As escavações também desenterraram vários potes e vasos de cerâmica, juntamente com um bloco retangular de calcário escondido sob sedimentos de lama e areia.
Pelo menos 23 terremotos atingiram a costa egípcia entre 320 d.C. e 1303 d.C., que fez com que uma parte do Templo de Taposiris Magna afundasse e desabasse.
Segundo relatos, a equipe de pesquisa também está tentando descobrir uma parte das fundações do templo que foram reveladas por inúmeras evidências arqueológicas.
Escavações anteriores revelaram, até agora, uma rede de túneis que se estende desde o lago King Marriott até o Mediterrâneo, e 16 sepulturas dentro de tumbas escavadas na rocha que eram comumente usadas nos períodos grego e romano.
Além disso, também foram descobertas várias múmias que destacam as características do processo de mumificação durante os períodos grego e romano.
Morte de Cleópatra
Quando seu marido, o general romano Marco Antônio, morreu em seus braços em 30 a.C., Cleópatra tirou a própria vida logo em seguida, deixando-se morder por uma cobra venenosa, segundo a crença popular.
O momento foi imortalizado na arte e na literatura, mas, mais de dois milênios depois, pouco se sabe sobre onde jazem seus restos mortais. Por fim, Cleópatra era considerada a encarnação humana de Ísis, e o templo Taposiris Magna teria sido associado a essa deusa.
