A Secretaria de Política Econômica, vinculada ao Ministério da Economia, divulgou a nova estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2022. Segundo os cálculos, o valor passa de 4,25% para 6,70%. Assim, o salário mínimo em 2023 pode ser de R$ 1.293.
É importante lembrar que esse índice é um medidor do IBGE utilizado para a base de correção anual do salário mínimo. Assim, as estimativas preveem um aumento de R$ 81 para o ano que vem.
Salário mínimo em 2023
Os cálculos dos INPC preveem um percentual de 6,70% e, por isso, até o momento, a expectativa é de que o salário mínimo em 2023 seja de R$ 1.293. O reajuste final, no entanto, dependem dos números da inflação gerais do ano de 2022.
Assim, caso a inflação fique acima da estimativa atual de 6,7%, o valor do salário mínimo também será ampliado para o próximo ano. Até porque a projeção prevê que o Governo Federal irá manter o sistema adotado nos últimos anos, em que não há aumento real acima da inflação.
Isso acontece para evitar gastos, já que, em termos específicos, cada real de aumento do mínimo corresponde a uma despesa de R$ 365 milhões ao Governo Federal.
Como o reajuste é calculado?
O reajuste salarial corresponde à alteração dos valores para a jornada de trabalho a partir de um acréscimo de porcentagem na quantia anterior. O valor do salário mínimo corresponde ao custo de vida do cidadão, considerando a inflação e buscando a valorização dos trabalhadores brasileiros.
Em termos gerais, o salário mínimo é uma política que visa proteger o trabalhador, sendo fundamental que reflita a realidade dos brasileiros. Sendo assim, a lei define que o Poder Executivo deve realizar reajustes anuais, para passarem a valer no primeiro dia do ano seguinte.
Segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o salário mínimo é referência para mais de 50 milhões de brasileiros, sendo que desse total, cerca de 24 milhões recebem benefícios advindos do INSS.
É a partir desses valores do salário mínimo que se define o reajuste de benefícios importantes para a população, como a aposentadoria, pensão e auxílio-doença.
Alguns estados brasileiros, no entanto, acabam não seguindo essa proposta e adotam um valor próprio do salário mínimo, com base no custo de vida do estado.