Novo RG será o principal documento dos brasileiros; veja as regras

Além da unificação dos dados através do CPF, o documento promove maior segurança e praticidade aos cidadãos com a versão digital.

Em fevereiro deste ano, o Governo Federal anunciou mudanças para o novo modelo de carteira de identidade no país, através de decreto no Diário Oficial da União. Sobretudo, o novo RG surge como forma de unificar as informações de identificação civil dos brasileiros, através do CPF.

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Atualmente, os estados brasileiros são responsáveis por emitir seus próprios números de identificação. Desse modo, caso o cidadão mude para outra região do país, é necessário emitir um outro número de registro, o que permite que cada brasileiro tenha até 27 números de registro diferentes ao longo da vida.

No entanto, o novo RG pretende diminuir o número de dados por cidadão ao unificar as informações de identificação pelo CPF, criando uma numeração única, vitalícia e intransferível para cada brasileiro. Além de facilitar o gerenciamento de dados, a estratégia visa maior segurança e menos fraudes envolvendo os dados pessoais.

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Segundo a Pesquisa Global de Identidade e Fraude 2021, realizada pela Experian, o Brasil é um dos países mais afetados por golpes de identidade no mundo. No ano passado, foram mais de 371 mil casos utilizando informações pessoais.

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Portanto, o novo RG promete uma redução de riscos aos portadores, assim como maior flexibilidade, segurança e praticidade. Além da unificação através do CPF, o novo RG também terá uma versão digital com QR Code, garantindo a sua autenticidade e permitindo maior portabilidade aos cidadãos.

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Foto: Reprodução / Governo Federal – Decreto 10.977/22

Principais regras do novo RG

No geral, os institutos de identificação no país, como as secretarias de Segurança Pública de cada estado e também do Distrito Federal, têm até março de 2023 para se adaptarem às mudanças previstas com o novo RG. Por via de regra, essas instituições serão responsáveis pelo gerenciamento e disponibilização do documento aos cidadãos.

Apesar disso, quem optar por manter o modelo atual não terá problemas, pois a expectativa é que ele se mantenha válido durante dez anos para a população com até 60 anos. Para idosos com mais de 60 anos, o documento será aceito por prazo indeterminado.

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Entre as principais regras do novo RG, está previsto que o documento conste como identificação para viagens no Mercosul, pois irá apresentar o código MRZ utilizado em passaportes. Portanto, a leitura será feita por equipamentos especializados, mas vale ressaltar que o RG não substitui o passaporte, que contém outras informações de segurança ao viajante.

A partir da versão digital, a expectativa é unificar outros documentos importantes em uma mesma plataforma. Ainda em desenvolvimento, o aplicativo do novo RG irá disponibilizar ao usuário a carteira de trabalho digital, carteira de vacinação, fotografia atualizada, certidão de nascimento e outros.

Ainda assim, esses documentos continuam sendo válidos e necessários, pois a unificação não significa que o novo RG irá substituir os demais documentos vigentes.

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