Mais uma vez, o governo federal fez uma projeção para o salário mínimo em 2022. Agora, se a estimativa se manter, essa será a maior alta do piso nacional em seis anos. Isso se deve à inflação registrada no país.
É a terceira vez que o Ministério da Economia informa a expectativa da inflação. No início, o índice esperado era de 6,9%. Depois foi reajustado para 8,4%. Agora, a projeção é de que a inflação chegue a 9,1%.
Salário mínimo: maior alta em seis anos
O salário mínimo, segundo determina a Constituição, deve ser reajustado anualmente baseado na inflação para manter o poder de compra do trabalhador. O governo utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pelo IBGE, para determinar o novo valor. Como a nova previsão é de INPC em 9,1%, a elevação será proporcional.
A alta do salário mínimo em 2022 representa o maior reajuste em seis anos. Em 2016, a elevação foi de 11,6%. Sendo assim, no ano que vem, a previsão é de que o piso saia de R$ 1.100,00 e vá para R$ 1.200,10.
Salário mínimo em 2022: sem ganho real
No entanto, é importante frisar que a alta do salário mínimo não contará com ganho real. O ganho real ocorre quando o reajuste do piso nacional fica acima da inflação, permitindo que haja um poder maior de compra para o trabalhador.
Atualmente, o governo federal alega que não possui recursos suficientes para que o salário mínimo tenha ganho real. Por isso, será cumprida apenas as normas que apontam a elevação compatível com a inflação.
O principal impacto no aumento do salário mínimo é visto no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Todos os segurados do instituto recebem ao menos o piso nacional. Portanto, o governo estima que a cada real aumentado, haverá custo de cerca de R$ 315 milhões aos cofres públicos.