Existe alguém que não sonha? Descubra se é possível não sonhar

Os sonhos podem apresentar todos os tipos de sentimentos e sensações físicas que ocorrem no mundo real, mas existe alguém que não sonha? Leia e entenda a seguir.

Os sonhos fascinam os humanos há séculos, com culturas de todo o mundo atribuindo significados e simbolismos distintos a eles. Na maioria das vezes, eles permanecem envoltos em mistério e, apesar da extensa pesquisa realizada no campo da neurociência, ainda não entendemos completamente por que sonhamos e o que acontece com o cérebro enquanto dormimos.

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Uma das teorias mais antigas sobre por que sonhamos é que os sonhos são a maneira do cérebro de processar os eventos do dia. De acordo com essa linha de pensamento, quando dormimos, nossa mente classifica as experiências que tivemos, decidindo o que é importante e o que pode ser descartado.

Esse processamento nos ajuda a consolidar nossas memórias e nos preparar para o dia seguinte. Embora essa teoria continue popular, pesquisas mais recentes sugerem que não se trata apenas disso.

Outra hipótese sugere que sonhar é essencial para a regulação emocional. Estudos mostraram que pessoas privadas de sono são mais instáveis, e isso pode levar à depressão e ansiedade. Com efeito, presume-se que sonhar permite que o cérebro processe emoções, permitindo-nos trabalhar com nossos sentimentos e dar sentido a eles.

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O que acontece com o cérebro quando dormimos?

O consenso atual entre os cientistas é que não há uma resposta única para essa pergunta. É provável que os sonhos tenham múltiplas funções, e as causas pelas quais sonhamos podem variar de pessoa para pessoa.

Embora as razões para sonhar possam ser um tanto misteriosas, os pesquisadores fizeram progressos significativos na compreensão do que acontece no cérebro durante a noite. O ciclo do sono consiste em vários estágios, cada um dos quais é caracterizado por diferentes padrões de ondas cerebrais.

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Durante o primeiro estágio, que é o mais leve, o cérebro produz ondas alfa e teta. No segundo estágio, que é mais profundo, produzimos fusos do sono e complexos K. Acredita-se que essas ondas estejam envolvidas na consolidação da memória e na regulação da temperatura corporal, frequência cardíaca e respiração.

O terceiro e o quarto estágios são conhecidos coletivamente como sono profundo e, durante esse período, o cérebro produz ondas delta. Esta etapa é crucial para a restauração física, com o corpo se recuperando e rejuvenescendo. É também o momento em que podem ocorrer sonambulismo, terrores noturnos e outros distúrbios.

Por que sonhamos?

O quinto estágio é conhecido como sono REM (movimento rápido dos olhos), e é justamente quando sonhamos. Durante essa fase, o cérebro está altamente ativo e supõe-se que é quando processamos experiências emocionais e lembranças.

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O sono REM também está associado a um alto nível de atividade cerebral em áreas responsáveis ​​pela consolidação da memória, aprendizado e resolução de problemas.

Além disso, enquanto dormimos, o córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões e pelo pensamento crítico, fica menos ativo durante o sono.

Isso pode explicar por que às vezes tomamos decisões erradas ou lutamos com tarefas complexas quando estamos cansados. A rede de modo padrão do cérebro (DMN), que está envolvida na auto-reflexão e no devaneio, também é menos ativa durante o sono.

Existe alguém que não sonha?

Outras pesquisas apontam que todas as pessoas sonham, mas algumas podem não se lembrar do conteúdo dos sonhos. Nesse sentido, existem certos fatores que podem influenciar a capacidade de recordá-los após despertar. Por exemplo, se uma pessoa acorda durante o estágio REM do sono, é mais provável que ela se lembre do que sonhou.

Por outro lado, há certas condições médicas que afetam a capacidade de sonhar, como pessoas com danos na parte do cérebro que controla o sono REM. Além disso, certos medicamentos, como alguns antidepressivos, podem apresentar uma diminuição em sua capacidade de sonhar ou lembrar de seus sonhos.

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