O trabalho, uma parte significativa de nossas vidas, é frequentemente debatido em relação à sua capacidade de nos trazer felicidade. Embora as opiniões sobre o tema variem, uma pesquisa recente conduzida pela renomada Universidade de Harvard revelou o principal fator de tristeza profissional.
O estudo se baseou em registros de saúde de mais de 700 participantes de diferentes partes do mundo, coletados desde 1938, com detalhadas perguntas sobre suas vidas a cada dois anos, e os resultados foram surpreendentes.
Qual é o principal fator de tristeza profissional, segundo Harvard?
Os resultados revelaram que alguns dos trabalhos mais infelizes estão associados à solidão ou falta de interação social em sua jornada laboral. Por exemplo, caminhoneiros que percorrem grandes distâncias sozinhos, atividades em que os turnos impedem a convivência com outros colegas, empregos noturnos, etc. Todos esses serviços dificultam a criação de relações sociais que promovem a alegria no dia a dia.
Além disso, indústrias emergentes impulsionadas pela tecnologia, como serviços de entrega de embalagens e alimentos, e o varejo online, onde o contato humano pode ser mínimo, também contribuem para a infelicidade no trabalho.
Surpreendentemente, a desconexão social não se limita apenas a estas profissões. Mesmo indivíduos que exercem suas funções em lugares movimentados também podem se sentir tristes se não tiverem trocas agradáveis e significativas com os outros.
Nesse sentido, aqueles que lidam com atendimento ao cliente, por exemplo, frequentemente enfrentam altos níveis de estresse devido ao trato constante com pessoas frustradas e impacientes.
Consequências para à saúde
O estudo também revelou que a solidão no trabalho não afeta apenas o bem-estar emocional, mas pode se tornar um problema significativo de saúde. Pesquisas recentes demonstraram que a introspecção na idade adulta pode aumentar o risco de mortalidade tanto quanto o tabagismo, a obesidade e a inatividade física.
Para combater esse problema, os cientistas sugerem a criação de pequenas oportunidades de conexão social nas empresas. Essas interações podem ser restauradoras e ajudar a aliviar os sentimentos de tristeza e insatisfação.
Por exemplo, passar alguns minutos conversando com colegas ou participando de atividades como clubes do livro ou ligas esportivas pode ter um impacto positivo no bem-estar emocional dos funcionários após um turno estressante.