O vaginismo é uma disfunção sexual que atinge as mulheres e também é conhecido como transtorno da dor gênito-pélvica e da penetração. Esta disfunção é caracterizada pela contração da vagina durante o ato sexual, fazendo com que o canal se estreite, impossibilitando assim a penetração.
Isso faz com que a mulher sinta muita dor durante o sexo, sendo que em muitos casos a penetração não seja possível. Esta disfunção atinge cerca de 2 mulheres em cada 1000, mas este número é muito maior, pois estudos mostram que menos de 30% das mulheres com vaginismo procuram ajuda médica.
Sintomas
O principal sintoma são os espasmos dos músculos pélvicos que acontecem de forma involuntária, mas existem relatos de mulheres que sentem espasmos em outras partes do corpo, como coxas e nádegas.
O sintoma mais aparente do vaginismo é a dor que acontece devido a esta contração, mas existem outros sintomas, como:
- Dificuldade de penetração, sendo que em muitos casos ela nem é possível;
- Evita ter relações sexuais, pois sabe que sentirá muita dor;
- Baixa autoestima;
- Aumento de ansiedade.
Causas
Apesar desta disfunção ser um tanto desconhecida ainda, sabe-se que ela pode ter origens físicas ou psicológicas.
- Origens físicas: é quando algum problema fisiológico danifica a área da vagina. Isto pode se dar por complicações em parto normal, abortos realizados ou infecções;
- Origens psicológicas: quando a parte fisiológica está em perfeito funcionamento, aspectos de ordem emocional pode ocasionar o vaginismo, como o medo ou a ansiedade em relação ao ato sexual e até mesmo algum abuso sofrido pela mulher.
Entre as duas causas, as de origens psicológicas são as mais comuns.
Tipos de vaginismo
Podemos classificar o vaginismo de duas maneiras:
Vaginismo primário: é quando a penetração vaginal nunca foi realizada. Este tipo de vaginismo se caracteriza pelo fato da impossibilidade de penetração e até mesmo na colocação de absorventes internos, exames ginecológicos e masturbação;
Vaginismo secundário: é quando em algum momento da vida a mulher já conseguiu realizar a penetração, mas devido a algum problema como menopausa, problemas extraconjugais, abusos sofridos, pós-parto ou infecções, ela passa a não conseguir mais.
Tratamento
O tratamento para o vaginismo depende da causa da doença. Se a causa é física, o tratamento é feito por ginecologista, enquanto que se a causa é psicológica o tratamento pode ser realizado tanto por um terapeuta sexual, quanto por um psicólogo.
Geralmente, estas duas causas estão ligadas, portanto, é necessário que o tratamento seja realizado de forma multidisciplinar.
Tratamento para as causas físicas: medicamentos podem ser utilizados para tratar causa físicas do vaginismo, quando é o caso das infecções, por exemplo;
Tratamento para as causas psicológicas: aconselhamento profissional são suficientes para ajudar a mulher a se conhecer mais e descobrir o foco deste distúrbio.
Além disso, a paciente pode ainda ser indicada a utilizar dilatadores vaginais, que ajudam a deixar a região pélvica mais flexíveis ou exercícios fisioterápicos para esta região, como o exercício de Kegel, uma técnica que permite relaxar e deixar a musculatura pélvica mais forte e elástica.