Terrorismo é considerado um ato criminoso, violento e premeditado cuja intenção é causar terror na sociedade, sendo praticada por grupos clandestinos e radicais contra alvos comuns, e tendo a política como motivação.
Na ação terrorista os atos violentos não são praticados contra um alvo direto, e sim, contra um grande número de pessoas que nada têm a ver com os seus fins políticos.
Apesar de o nome terrorismo ser atribuído à política, os atos também podem ser midiáticos e, de todo modo, provocam tensão e terror na população.
Como surgiu o terrorismo?
Não há uma data exata sobre como surgiu o terrorismo, entretanto, há marcos históricos de brigas, terror e mortes coletivas, com fins políticos, religiosos, financeiros e raciais.
Na era antes de Cristo, para proteger a tradição judaica, o Reino de Israel entrou em guerra contra os romanos. Pode ser o primeiro ataque terrorista que se tem notícia. Ataques xenofóbicos entre a Palestina, Síria e Egito no século XI e XIII; ataques racistas promovidos pela seita Ku Klux Klan a partir de 1867; ataques contra comunistas, negros, judeus, ciganos na era nazista, de 1933 a 1945, apenas para citar os mais conhecidos da história.
Porém, um dos atentados terroristas mais notórios foi o de 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões comerciais foram sequestrados pelo grupo da Al-Qaeda (liderado pelo árabe Osama Bin Laden) e um deles se chocou contra as Torres Gêmeas situadas em Nova York (EUA).
Desde então, muitos ataques vêm sendo considerados terroristas, principalmente após os atos violentos em Paris do dia 13 de novembro de 2015. Isso também inclui o preconceito contra os muçulmanos (pessoas que seguem o islamismo, religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé), por acreditarem que todo muçulmano era terrorista, o que não é verdade.
Qual o objetivo dos ataques?
O objetivo central do terrorismo é aterrorizar a população, promover suas causas, conquistar novos adeptos e, assim, lutarem para implementar suas ideias, não importando se é para uma revolução política, uma religião única para o país ou para recuperar um Estado dominado por governos ou facções rivais.
Terrorismo de Estado
É chamado de terrorismo de Estado quando uma organização política financia ou adere a atentados contra o povo, colaborando com torturas, sequestros, mortes ou desaparecimento de pessoas, com o objetivo de obrigá-las a aceitar o regime imposto pelo Estado.
Exemplos disso é o Estado de Israel, considerado terrorista, países como Síria, Irã e Sudão, listados como patrocinadores dos ataques, e o Brasil, na época do regime militar, entre 1964 e 1985.
Terrorismo midiático
Os grandes meios de comunicação, em sua maioria, são responsáveis por disseminar o medo e o terror na sociedade. Tragédias, política, economia são temas recorrentes em jornais, revistas e telejornais, ainda que considerados sérios, mas com fundo sensacionalista.
O terrorismo midiático ocorre quando um telejornal, por exemplo, tenta empregar no telespectador a sensação de insegurança, medo e dúvida perante a cidade onde vive ou o atual governo. Matérias chocantes, imagens reais ou simuladas entrecortadas com ações de bandidos ou entrevista com algum político, narrativa digna de séries policiais, e tudo envolvido por uma trilha sonora tensa e dramática. Esse é o fio condutor do terrorismo midiático: o sensacionalismo.
Qualquer informação oriunda de jornais ou pela televisão pode ajudar a população a questionar a política atual ou aprender formas de se proteger, tanto no que diz respeito à saúde quanto a segurança no local onde vive.
Porém, quando a informação tem o objetivo de causar terror, com matérias sensacionais demais, a ponto de trazer reações severas, tais como protestos violentos ou mortes de um grupo de pessoas comuns, é preciso sempre usar a boa razão e apurar os fatos, principalmente em época de fake news. O terrorismo midiático pode ter consequências tão graves quanto aqueles motivados por religião.