Teologia de Santo Agostinho

Quem foi Santo Agostinho, principais obras e como se caracterizou a sua teologia?

Santo Agostinho é um figura de referência na história universal, considerado um grande retórico, filósofo e também um santo para a Igreja. Possuindo uma obra vasta e profunda, Agostinho tanto exerceu no passado como ainda nos dias de hoje exerce influência na cultura do ocidente.

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Ele nasceu no ano de 354, em Tagaste, norte da África, era filho de um homem pagão e uma mulher cristã. Quando tinha 17 anos, Santo Agostinho partiu para Cartago, onde recebeu ajuda do amigo de seu pai e teve nele um guardião, no período de 3 anos ele estudo e leu muitos livros.

Com 20 anos retorna para Tagaste, tendo a função de professor. Logo após, passa a trabalhar como professor em Roma, depois se dirige para Milão, lugar em que ganha a cátedra de retórica da casa imperial e executa a profissão de professor de retórica.

Conversão de Santo Agostinho

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Agostinho não estava feliz e sentia uma inquietação e vazio em seu coração. Algumas vezes ele buscou encontrar a sua felicidade em vários lugares, mas nada o completava. Em Milão, Santo Agostinho recebeu a visita de sua mãe, logo que viu a situação do filho, o incentivou a ouvir as pregações de Santo Ambrósio.

Em 386, enquanto meditava no jardim, ele escutou a voz de uma criança que disse: “Tolle et lege”, isso significa “Toma e lê”, ao ouvir isso Agostinho pegou as Cartas de São Paulo e leu a parte que falava: não os prazeres da vida, mas o seguir a Cristo que se achava a felicidade. Desde esse momento seu processo de conversão deu início. Um ano depois, foi batizado e retorna para Tagaste, decidindo viver com os amigos.

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Em 391, ao visitar Hipona ele é nomeado sacerdote pelo povo e proclamado padre por bispo Valério. Após 4 anos, recebe a consagração de Bispo da cidade, por esse motivo recebeu o nome de Agostinho de Hipona. Como dissemos, viveu em comunidade e teve como ideal a pobreza e a partilha.

A comunidade eclesial de Hipona era constituída por uma grande parte de pessoas pobres, que tinham em Agostinho um representante e intercessor, disponível para falar por eles diante das autoridades.

Obras de Santo Agostinho

Agostinho gostava de estudar e escrever, produzindo assim uma grande quantidade de obras (no total, 113), isso sem acrescentar as suas cartas e sermões. Entre as obras mais famosas, é possível citar: Contra acadêmicos, De beata vita, De ordine, Soliloquia, De immortalitate animae, De musica, De moribus ecclesiae catholicae et de moribus Manichaeorum, De quantitate animae, De libero arbítrio e De magistro.

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Boa parte dos seus escritos teve como base os problemas e preocupações que rodeavam a Igreja no tempo em que vivia. Por esse fato, constam em suas obras algumas polêmicas vivenciadas por ele, ganhando destaque as discussões contra os maniqueos e pelagianos.

As outras obras de Santo Agostinho estavam voltadas para conteúdos do campo exegético, dogmático e pastoral, ganhando relevância duas delas devido a genialidade: a primeira “A Cidade de Deus” e a segunda “As Confissões”.

Teologia de Santo Agostinho

Para entender a teologia de Santo Agostinho é importante conhecer os aspectos em que ela está baseada:

  • Unicidade de Deus;
  • Existência do livre-arbítrio;
  • Responsabilidade do homem a respeito do seu pecado;
  • Universalidade do chamado de Deus para a salvação;
  • A fé é um dom de Deus;
  • A salvação e a condenação estão no mundo que virá;
  • Continua procura pela verdade;
  • Amor meus, pondus meum;
  • Deus é o motivo do ser de todas as coisas;
  • A busca de Deus;
  • O mundo como criação de Deus;
  • O enigma do homem;
  • O monoteísmo da bíblia é identificado junto aos conhecimentos filosóficos quanto a razão de ser do mundo;
  • O homem é visto por Agostinho como uma alma que faz uso de um corpo;
  • A unidade das três pessoas é considerada por ele como perfeita.
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