O que é a Teologia da Libertação?
A Teologia da Libertação é uma corrente teológica cristã, em grande parte humanista, originária da América do Sul.
Parte da ideia de que, para entendermos as escrituras e os ensinamentos de Jesus Cristo, é necessário primeiramente olharmos para os sofrimento dos mais pobres.
A ênfase inicial da Teologia da Libertação, estava centrada na redistribuição da riqueza, a fim de permitir que os camponeses pobres pudessem participar de uma parte das riquezas da elite colonial, melhorando assim sua situação econômica.
A Teologia da Libertação é considerada um movimento de inclusão e apartidário que integra várias vertentes de pensamentos que estudam os ensinamentos de Jesus Cristo.
Refere-se a libertação do povo em relação as condições econômicas e sociais injustas praticadas pela sociedade.
Tendo sua origem na América do Sul, seus maiores idealizadores são desse continente, como o brasileiro Leonardo Boff, o uruguaio Juan Luís Segundo e o padre peruano Gustavo Gutiérrez.
Influências da Teologia da Libertação
A Teologia da Libertação foi influenciada por três correntes da filosofia religiosa:
- O Evangelho social de Walter Rauchenbusch;
- Teologia da Esperança de Jurgen Moltmann;
- Teologia Antropolítica.
Mas a verdade é que a Teologia da Libertação sofreu influência de várias vertentes de pensamento, incluindo em suas intepretações crenças da Umbanda, Islamismo e do Espiritismo.
Aqueles que se opõem ao movimento alegam ser uma forma de envolver o cristianismo com ideias do marxismo, muito em virtude de alguns ideais marxistas se assemelharem com os ideais que a ideologia da Teologia da Libertação.
A Teoria da Libertação e a Igreja Católica
No século XX, a hegemonia da igreja Católica foi posta à prova, com o surgimento de outras religiões cristãs.
Assim os católicos tiveram que propor mudanças e transformações a fim de modernizar seu modelo de pregação para se aproximar dos fiéis.
Uma parte dos teólogos católicos apoiou a Teologia da libertação, enquanto a grande maioria da igreja se opôs a suas ideias. Membros da Igreja Católica mais tradicionais não aprovaram sua forma de interpretação.
Frente a isso a Igreja Católica, em 1980 publicou dois documentos alegando que a Teologia da Libertação era incompatível com a doutrina católica.
A alta hierarquia da Igreja Católica, acusou na época os teólogos da libertação de apoiarem revoluções e lutas de classes violentas e brutais, desvirtuando os ensinamentos bíblicos de Jesus Cristo.
A Teologia da Libertação nos dias de hoje
O movimento da Teologia da Libertação diminuiu significativamente nos anos de 1984 e 986, quando seus idealizadores foram condenados pela Congregação da Doutrina da Fé.
O movimento enfraqueceu ainda mais na década de 90, com seus principais idealizadores envelhecidos ou falecidos e frente ao desinteresse das novas gerações em mate-lo ativo.
Hoje a Teologia da Libertação ainda perdura. Alguns líderes e teólogos do movimento realizam reuniões em várias partes do mundo, porém de forma enfraquecida.
De acordo com seus opositores, por outro lado, a Teologia da Libertação já deixou de existir há muitos anos.
Por Franciele Tochetto Pedrozo Ghizzoni