O que é Tanatologia?
O termo “tanatologia” vem do grego “Thanatus”, que na mitologia grega é o nome dado ao deus da morte. Já o sufixo “logia”, também do grego, significa “estudo”. Tanatologia, então, etimologicamente, corresponde ao estudo da morte.
A Tanatologia, portanto, compreende um campo de estudo que investiga aspectos relacionados à morte. Existem duas grandes divisões da tanatologia: uma diz respeito aos conhecimentos médicos e técnicos acerca do dos efeitos da morte no organismo. Este campo da tanatologia é da medicina forense e tem como finalidade investigar as causas, circunstâncias e outros aspectos da morte de um indivíduo.
A segunda grande divisão da tanatologia trata do estudo do significado da morte e do processo do morrer para uma pessoa que descobre uma doença terminal e sua família, assim como para aqueles que estão em fase de luto.
Não se trata aqui de uma abordagem religiosa, nem mesmo “espiritualizada”, mas de estudar formas de oferecer suporte terapêutico para aqueles que de alguma maneira estão vivenciando uma experiencia de morte, seja a própria ou de alguém próximo.
Geralmente, o profissional que lida com a tanatologia sob este prisma é o psicólogo, muito procurado por pessoas que estão vivendo algum tipo de perda emocional, seja o fim de um relacionamento (que também demanda um período de luto) ou a morte de um ente querido. As faculdades de psicologia, inclusive, costumam ofertar pelo menos uma disciplina de tanatologia.
O que é Tanatopraxia?
A tanatopraxia é um conjunto de práticas aplicadas a um corpo já sem vida, que tem finalidade de retardar o processo de decomposição e disfarçar o surgimento de odores característicos. São procedimentos realizados em funerárias por pessoas especializadas.
Tanato, do grego “Thanatos”, morte, como já mencionado, e “Praxe”, também do grego “práxis”, significa prática habitual ou rotina. Tanatopraxia tem, assim, por significado “aquilo que se pratica, que se faz diante da morte”, ou seja, envolve as providências necessárias a se tomar diante da morte de alguém.
Esta atividade envolve a aplicação e produtos químicos no corpo falecido para desinfecção e retardamento da decomposição. Dessa forma, é possível realizar o velório de um ente querido cujo corpo estará em melhores condições de ser visto pela família.
Diferente do embalsamamento, a tanatopraxia não usa formol nem retira órgãos. A técnica restringe-se na injeção de um líquido conservante e desinfetante que regenera a aparência natural do corpo, evita o vazamento de líquidos, inchaço e mantém as feições do rosto semelhantes ao que eram em vida.
Um fator muito importante na prática da tanatopraxia é que ela previne a propagação de doenças e infeções que podem advir do processo natural de decomposição do corpo e contaminar aqueles que tiveram contato com o falecido.
A experiência de ir ao sepultamento de um ente querido é dolorosa, mas uma parte importante do luto. O rápido processo natural de decomposição de um corpo pode causar impacto muito forte, principalmente em pessoas sensíveis ou de idade avançada. Esta técnica de conservação do corpo da tanatopraxia pode proteger um pouco essas pessoas, evitando que elas guardem na lembrança uma última imagem daquela pessoa isenta de deformidades físicas ou mal cheiros.
O procedimento conserva uma boa aparência do corpo por cerca de 24 a 48 horas, ou mais, de acordo com solicitação da família. Este trabalho permite que parentes e amigos possam processar melhor a perda e despedir-se simbolicamente. Permite também que os amigos possam se organizar para confortar a família da maneira mais apropriada possível.
O trabalho da tanatopraxia também possibilita que familiares que moram longe possam se deslocar a tempo de estar com a família em um momento difícil e, junto com eles, despedir-se.