A Venezuela é um país pertencente à América do Sul, região onde se encontram os países que fazem fronteira com o Brasil, detentores do Espanhol como língua nativa.
O país em sua parte norte, possui uma longa costa entre o mar do Caribe e o Oceano atlântico. Além disso, faz fronteira direta com a Colômbia na parte oeste, com Guiana a leste e com nosso país, ao Sul.
Um país cuja estimativa populacional é de 30 milhões de habitantes, também é conhecido por possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
No entanto, apesar de toda essa “mina de ouro” nas mãos, atualmente tem sido alvo da mídia internacional justamente pela grave crise econômica que começou a enfrentar há cinco anos, se agravando drasticamente nos últimos três, graças à queda dos preços globais das commodities.
O governo tem evitado falar ou mesmo divulgar dados oficiais do índice de inflação, mas o FMI previu um percentual que chega a beirar os 2.350% no corrente ano, enquanto a Assembleia nacional estimou um percentual de 2.500% no ano passado.
Alguns esforços por parte do governo têm sido feitos para o combate à inflação.
No fim de dezembro de 2017 foi anunciado um aumento de salário, elevando-o em 40 por cento. Mesmo assim a medida tem sido considerada pífia em relação aos preços dos produtos que continuam subindo, diminuindo o poder de compra do cidadão venezuelano até mesmo para os itens considerados básicos.
Além deste cenário desprezível, como se não bastasse apenas a recessão, os venezuelanos tem enfrentado um controle severo por parte do governo com relação a quantidade de dinheiro disponível.
As limitações lembram um pouco o episódio do corralito, ocorrido na Argentina, entre os anos de 2001 e 2002, quando os saques eram limitados a 250 dólares por semana.
Diante deste quadro altamente calamitoso, o governo de Maduro, considerado por muitos e até pela mídia internacional como ditatorial, tem visto o definhamento de seu país refletido no fechamento de lojas e comércios em geral, prateleiras vazias e uma população com cada vez mais dificuldade para se deslocar ou mesmo fazer qualquer transação dentro do que antes eram aspectos concernentes às suas rotinas diárias.
Noticiários internacionais entendem e expõem que o governo atual não só tem demonstrado grande despreparo para conduzir ou mesmo driblar a crise, como tem colocado os cidadãos venezuelanos em um corralito, literalmente.
A circulação de novas cédulas não tem fluído à mesma proporção da hiperinflação e, além disso, as entidades bancárias, tanto de ordem privada quanto pública, ocasionam a limitação que permite com que pessoas esperem horas em filas bancárias para sacar o equivalente (considerando a inflação e desvalorização de sua moeda) a 0,16 dólares americanos.
A difícil situação atual ainda propicia outro problema: o estímulo ao mercado negro de cédulas. Considerando a escassez na distribuição, em algumas cidades de interior continua a revenda (uma espécie de cambismo) de dinheiro em espécie.
Mesmo assim, transações consideradas de pequeno porte, como, pagamento de transporte público, são consideradas complicadas devido à escassez de cédulas, considerando também o fato de a conversão ter ocasionado um aumento significativo no valor do transporte, permitindo com que poucos hoje possam utilizá-lo.
Diante da situação visivelmente caótica, muitas discussões são levantadas com relação à eficácia do governo venezuelano, considerando a continuidade que Maduro deu ao regime implantado por seu antecessor, já falecido, Hugo Chavez, no ano de 1999.
Restrições em setores como Imprensa, Judiciário e até mesmo aos líderes adversários, são questões que fomentam às inúmeras discussões das visões políticas (direita, esquerda e centro) com relação ao que pode ser feito para mudar o atual estado de penúria econômica e social em que a Venezuela vive atualmente.
Autor: Alan Lima