O sionismo é um movimento político que ajudou na criação do Estado de Israel, por defender o direito dos judeus a ter sua pátria na região considerada sagrada. Sionismo vem da palavra Sion, um monte situado na cidade velha de Jerusalém, sendo uma representação do desejo do povo judeu em retornar à “terra santa”.
A teoria do movimento foi idealizada pelo jornalista austro-húngaro Theodor Herzl, que defendeu a criação de um Estado judaico, pois acreditava que, assim, os judeus seriam mais fortes tendo um Estado próprio. O povo judeu foi expulso da “terra santa” pelos romanos, entre o século 1 e 3 d.C, no período chamado diáspora.
O que é diáspora?
O então reino de Israel (chamado de Judá ou Judeia à época) foi alvo de diversos conflitos ao longo dos séculos, como a invasão do Império Assírio em 722 a.C, que culminou em destruição do Templo de Salomão e na escravidão do povo judeu, e a dominação do Império Romano, que eliminou o nome “Israel” e batizou como “Palestina”, e fez o mesmo com Jerusalém, chamando-a de “Aelia Capitolina”.
A invasão foi respondida com rebelião. Essa rebelião levou os romanos a expulsar os judeus e a proibir manifestações da cultura daquele povo, em um período que ficou conhecido como diáspora.
Diáspora significa dispersão de um povo e, no caso, foi uma dispersão de judeus pelo mundo motivada por aquela perseguição religiosa, política e étnica.
Sionismo e sua organização política
O movimento sionista se desenvolveu com mais força devido ao avanço do antissemitismo – movimento extremista que pregava ódio aos judeus, principalmente na Alemanha.
A partir de 1897, após o primeiro congresso Sionista Mundial na Basileia (Suíça), o sionismo recebeu influências de muitos pensadores, como:
- Aaron David Gordon e Dov Beer Borochov – Sionismo socialista;
- Rav Kook – Sionismo religioso;
- Achad Haan – Sionismo cultural;
- Zeev Jabotinsky – Criou a união dos sionistas revisionistas.
O movimento sionista consolidou-se na Europa, favorecendo a migração dos judeus para a Palestina, região dominada pelo Império Otomano, com meio milhão de árabes. Apesar disso, muitos abandonaram a Palestina por falta de preparo para trabalhar na agricultura.
4 movimentos sionistas
- Sionismo socialista
Também chamado de trabalhista, o sionismo socialista visava a construção de uma sociedade mais justa, baseada na ajuda coletiva e nas condições de trabalho para imigrantes, e assim, fazer com a que a presença judaica fosse mantida.
- Sionismo religioso
Essa corrente defende que a Terra de Israel foi dada aos judeus e o retorno desse povo a sua terra natal representaria uma divina redenção, culminando na volta de Messias.
- Sionismo cultural
O movimento iniciado por Achad Haan tinha o intuito de ajudar a desenvolver as expressões culturais do povo judaico e a fortalecer a identidade desse povo. Dessa forma, com a predominância cultural, o Estado seria, de fato, um Estado Judeu.
- Sionismo revisionista
Os revisionistas desejavam um Estado judaico em toda a extensão do Rio Jordão. Não tinham mais interesse em negociar com os britânicos e, para isso, praticaram manifestações de massa a fim de defender seus ideais. A ideologia revisionista deu origem a um dos partidos mais influentes de Israel: o Likud.
A fundação do Estado de Israel
Em 1917, o governo britânico anunciou, na Declaração Balfour, ser a favor da criação de um Estado Judaico na Palestina. Porém, foi após a Segunda Guerra Mundial (1945), período em que vários judeus foram alvos dos nazistas, que o sionismo ganhou forte apoio internacional. Com isso, entre 1947 e 1948, o movimento sionista consegue atingir seu objetivo: a Partilha da Palestina e a fundação do Estado de Israel.
Portanto, o sionismo é uma corrente que ajudou a atrair o povo judeu de volta ao seu país de origem. Até a última década, o movimento ajudou na imigração de judeus iemenitas e iraquianos, etíopes e os que habitavam a antiga União Soviética.