Síndrome de Talidomida

Saiba o que é a síndrome de talidomida, quais seus efeitos e porque atingiu tantas pessoas no início da década de 1960.

A talidomida ou ‘amida nftálica do ácido glutâmico‘ é uma medicação com efeitos sedativos e anti-inflamatórios. Porém, seu uso durante a gravidez causa a síndrome da talidomida, que ocasiona uma má formação do feto, fazendo com que o bebê nasça sem os braços e sem as pernas.

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A talidomida foi desenvolvida em 1954 na Alemanha, com o objetivo de controlar a ansiedade, começando a ser comercializada no Brasil em 1958.

A estimativa é que esta síndrome tenha afetado mais de 10 mil pessoas em todo o mundo.

O que é a síndrome de talidomida?

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É a síndrome ocasionada pelo consumo deste remédio durante a gravidez e que tem efeitos de má-formação sobre o feto.

Isso acontece porque o efeito do remédio consegue penetrar a placenta. Isso interfere no desenvolvimento do feto, ocasionando os seguintes problemas:

  • Braços e pernas encurtados, ficando juntos ao tronco;
  • Problemas visuais;
  • Problemas auditivos;
  • Problemas na coluna vertebral;
  • Deformação no tubo digestivo;
  • Problemas cardíacos.

Quando se descobriu estes efeitos, a venda do remédio foi proibida em vários países do mundo. Isso aconteceu em 1961, mas no Brasil esta proibição só aconteceu em 1964, quando o remédio já estava há 6 anos em circulação.

O grande número de casos da síndrome de talidomida se deu devido ao medicamento ser utilizado por mulheres grávidas com o intuito de amenizar os sintomas de enjôo durante a gravidez.

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Apesar destes efeitos, a talidomida é muito eficiente no tratamento da Hanseníase, voltando a ser comercializada em 1965.

Em 1994, o governo brasileiro proibiu o uso do medicamento por mulheres em idade fértil e em 1997 saiu a portaria que regulamenta o medicamento.

Atualmente, no Brasil, a talidomida só é produzida pelo laboratório do Ministério da Saúde.

Quem pode usar a talidomida

A talidomida atualmente não é mais usada como sedativo ou para tratar ansiedade. Hoje seu uso é restrito para o tratamento da hanseníase (lepra), HIV (reduz alguns sintomas da doença, como febre e fraqueza) e lúpus (diminui inflamação).

  • Uso em mulheres: desde 1994 o governo federal proibiu o uso da talidomida em mulheres em idade fértil, visto que o medicamento inibe o efeito dos anticoncepcionais. Em 2002 a lei foi atualizada, podendo o remédio ser prescrito, desde que se garanta que não haja gravidez;
  • Uso em homens: de acordo com a bula do medicamento, a talidomida pode estar presente no sêmen, devendo os homens utilizarem preservativos quando estiverem fazendo uso do medicamento.

Benefícios para quem possui a síndrome de talidomida

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  • Quem sofre da síndrome de talidomida tem direito a isenção de impostos na aquisição de automóveis;
  • Portadores da síndrome tem direito à pensão especial, desde que tenha nascido a partir de 01 de março de 1958. Esta pensão é mensal, vitalícia e intransferível. O valor da pensão foi aumentado em 2018 através da Lei 13.638 para o valor de R$ 1.000,00. Antes disso era de R$ 426,53;
  • Os portadores da síndrome têm prioridade no fornecimento de aparelhos de prótese, órtese, intervenções cirúrgicas e assistência médica.
  • É permitida a acumulação de benefícios previdenciários para quem possua deficiência física em decorrência da síndrome de talidomida.
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