Septicemia é o nome antigo dado a sepse, sépsis ou infecção generalizada atribuída a invasão de bactérias e fungos na corrente sanguínea através de uma infecção preexistente. O tratamento inadequado pode levar ao choque séptico e ao óbito.
O sistema imunológico trabalha para combater qualquer invasor (bactérias, vírus, fungos) liberando mediadores químicos, mas a ação pode disseminar o processo inflamatório por todo organismo, desencadeando em diversos problemas, incluindo falência múltipla dos órgãos.
A sepse também pode ocorrer durante uma cirurgia em ambiente infectado, pacientes internados em UTI, doenças não tratadas, como pneumonia, meningite, infecção renal, e pessoas com baixa imunidade.
Níveis de septicemia (sepse)
A sepse possui três níveis evolutivos:
- sepse – acompanhada de calafrios, falta de ar, febre, a sepse é uma resposta inflamatória à invasão de bactérias devido a uma infecção;
- sepse grave – um ou mais órgãos comprometidos;
- choque séptico – quando a pressão arterial sofre queda abrupta.
Principais focos infecciosos e fatores de risco
Algumas infecções mais propensas à septicemia são aquelas que não foram tratadas adequadamente, como as que ocorrem nos seguintes órgãos:
- pulmão (pneumonia);
- rins e bexiga (infecção renal e urinária);
- pele (feridas, abscessos, introdução de cateter e sonda, erisipela);
- sistema nervoso central (meningite);
- abdômen (infecção hepática, apendicite, peritonite).
Esses são os focos iniciais, mas a sepse pode originar-se através de outras infecções. Outros fatores de risco são as cirurgias em ambientes contaminados, portadores de doenças que fragilizam o sistema imunológico, pacientes hospitalizados, usuários de drogas lícitas ou ilícitas, predisposição genética, bebês prematuros, idosos e crianças menores de 1 ano.
Sintomas de sepse
Os sintomas da septicemia dependem da gravidade da doença e podem ter relação com os órgãos afetados. Em geral, os sintomas são:
- febre;
- calafrios;
- tremores;
- hipotermia;
- náuseas e vômitos;
- batimento cardíaco acelerado;
- pressão baixa;
- pouca produção de urina;
- agitação;
- respiração ofegante;
- confusão mental.
A ocorrência de dois ou mais sintomas relacionados é um alerta para procurar ajuda médica e evitar que a sepse se agrave.
Diagnóstico
A avaliação médica consiste em exames clínicos e laboratoriais, como hemograma, pulsão lombar, raio-X, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Após descoberto o que causou a septicemia, o médico indicará o melhor tratamento.
Tratamento
O tratamento depende da gravidade da sepse. Em alguns casos, o médico prescreve antibióticos após descobrir quem é o agente infeccioso. São também prescritos medicamentos para controlar a pressão arterial ou o nível de açúcar (insulina), quando necessários.
O tratamento é quase sempre realizado em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para monitoramento dos sinais vitais, casos graves em que o paciente necessita de hemodiálise (por causa de uma insuficiência renal), respirador artificial ou sonda para repor líquidos e sais minerais.