A História é marcada por acontecimentos que modificaram a sociedade em determinadas épocas. A Revolução Francesa é um desses acontecimentos e transformou não somente a sociedade, mas a cultura e a política mundial.
A Revolução Francesa marca o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea, contribuindo para uma nova etapa da História da humanidade.
O que foi a Revolução Francesa?
Foi um processo revolucionário promovido pelo Terceiro Estado, na França no final do século XVIII.
Nesse período a França era governada por Luis XVI, que tinha poder absoluto, com o controle total sobre a economia, justiça, política e religião das pessoas.
A divisão social era feita em estamentos, havendo Primeiro Estado, Segundo Estado e Terceiro Estado.
O Primeiro Estado era formado pelo clero, o Segundo Estado era formado pela nobreza e o Terceiro Estado, pelo povo que eram os trabalhadores urbanos, camponeses e a burguesia comercial.
Eles promoveram a revolução para eliminar a forte injustiça social que havia no estado francês naquele período.
Era o Terceiro Estado que pagava os impostos e sustentava os luxos e privilégios do Primeiro e Segundo Estado, que tinham regalias, enquanto o povo passava fome e vivia na miséria.
A burguesia comercial uniu-se aos trabalhadores e camponeses, que insatisfeitos com essa situação, passaram a pressionar o rei, reivindicando reformas, ampliação dos seus direitos e maior participação na política francesa.
Em 14 de julho de 1789, uma massa de pessoas tomou a Bastilha (símbolo do Antigo Regime) e através da Assembleia Nacional, formada por eles, em agosto lançou vários decretos que acabavam com os privilégios da nobreza e do clero e instituiu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que declarava a condição de cidadão ao povo francês e não mais súditos do rei.
Em setembro foi promulgada a nova Constituição Francesa que tinha como princípio a igualdade de todos perante a lei e uma nova forma de governo, a monarquia constitucional.
O rei Luis XVI tentou reagir à revolução, mas foi preso e teve a cabeça decepada na guilhotina junto com sua esposa Maria Antonieta. Foi o fim da monarquia constitucional e do absolutismo.
Inicia–se o período da Convenção Nacional, marcado pelo comando da ala mais radical do movimento, os jacobinos, que instalaram o período conhecido como Terror, com grande perseguição a quem se opunha à revolução e ao novo parlamento.
Em 1795, os girondinos, ala mais conservadora formada pela burguesia comercial, conseguiu retomar o poder e instalou o Diretório, tentando organizar o caos econômico e político da França.
Foi nesse cenário que surge Napoleão Bonaparte, que atuou ativamente na revolução e assumiu o governo francês.
Ele instaura uma forte ditadura na França, após perceber uma conspiração contra seu governo, dá um golpe (18 Brumário) e se torna imperador francês, encerrando a Revolução Francesa.
Consequências da Revolução Francesa
Durante todo o processo revolucionário, houve forte influência das ideias iluministas de igualdade, fraternidade e liberdade, que acabaram se tornando lema da revolução. Mas a falta de unidade entre os revolucionários, não permitiu que eles permanecessem no poder ou organizassem um governo realmente democrático e duradouro, ao contrário, essa desunião facilitou a ascensão da ditadura de Bonaparte.
Contudo, a Revolução Francesa deixou marcas e causou mudanças profundas em várias sociedades.
A Revolução Francesa abriu caminho para a democracia, para maior participação do povo nas decisões políticas. Abriu caminho para liberdade de expressão de setores sociais marginalizados.
A Revolução Francesa influenciou outras revoluções pelo mundo e até hoje seus ideais são perseguidos pela humanidade.
Autora: Simone Aparecida de Oliveira